JSNEWS – O mais grave conflito entre as forças Israelenses e o Hamas nos últimos sete anos intensificou-se na na noite de terça-feira,11, e estendeu-se até a manhã desta quarta-feira, 12, quando o total de contra ataques Israelenses em respostas aos foguetes disparados da faixa de Gaza teriam causados mais de 49 mortos em Gaza e 6 em Israel. Entre as vítimas estão pelo menos 14 crianças.
Os ataques aéreos dos Israelenses começaram nessa manhã de quarta-feira tendo como alvo edifícios do Hamas em Gaza, enquanto os militantes do Hamas lançaram foguetes em direção a Telavive, onde se ouviram explosões e sirenes de aviso. De acordo com as autoridades Israelenses, o Hamas lançou um total de mil foguetes desde a retomada das hostilidades em larga escala nesse fim de semana.
Em Gaza, um edifício de nove andares com várias residências, empresas médicas e clínicas foi atingido e ficou seriamente danificado na noite de terça-feira, o ataque ocorreu somente após os ocupantes do prédio terem sido avisados pelas forças Israelenses.
Nas últimas horas, já durante a manhã de quarta-feira, o Hamas diz ter disparado 210 foguetes na direção de Telavive e Bersebá em resposta aos ataques Israelenses.
Na cidade árabe-judaica de Lod, perto de Telavive, pelo menos duas pessoas morreram quando um foguete atingiu um veículo. Lod foi palco de violentos confrontos entre a polícia e manifestantes pró Hamas.
O combate entre as forças se da de forma assimétrica entre foguetes com tecnologia que remontam a segunda guerra mundial de um lado contra caças e um sofisticado sistema de defesa antimísseis do outro. Enquanto os Israelenses procuram atingir alvos estratégicos numa zona densamente povoada a fim de minimizar baixas na população civil, o Hamas procura acertar em centros urbanos densamente povoados procurando vitimar o maior numero de civis, porem esses ataques, raramente o consegue passar pelas defesas antiaérea Israelenses.
Ambos os lados dizem estarem prontos para prosseguir as hostilidades. O ministro israelita da Defesa, Benny Gantz, avisou que este foi “apenas o início” dos ataques aéreos. Em resposta o líder do Hamas, Ismail Haniyeh disse que: “Se Israel quiser escalar com esta situação, estamos prontos”.
Tor Wennesland, enviado especial da ONU para o Médio Oriente, pediu o fim do conflito. “O preço da guerra em Gaza é devastador e está a ser pago por pessoas comuns. Parem com o fogo imediatamente. Estamos a encaminhar-nos para uma guerra em grande escala”, alertou.
O Conselho de Segurança se prepara para uma reunião de emergência nessa quarta-feira, o segundo encontro sobre o conflito em apenas três dias. A intensificação dos confrontos é olhada com preocupação por parte da comunidade internacional.
De acordo com a agência Reuters, vários países e organizações procuram nesta altura alcançar um cessar-fogo, Egito, Qatar e as Nações Unidas, se manifestaram pelo fim imediato das hostilidades.
Desde que chegou à Casa Branca, o Presidente Joe Biden tem procurado evitar focar-se no Médio Oriente, mas a escalada do conflito poderá obrigar os Estados Unidos a se envolverem nessa questão.
Nessa terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, reiterou que o governo do democrata Joe Biden condenou a escalada de violência na região.
A declaração reforça a solução para a crise proposta pelo ex-presidente Donald Trump em seu plano de paz para o Oriente Médio no ano passado. Trump defendeu a necessidade da existência de dois estados e da necessidade de convivência pacifica entre eles.
Com relação ao uso das força assimétrica por Israel, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, fez um apelo ao fim das hostilidades, porem foi enfático ao declarar que “Israel tem o direito de se defender. Ao mesmo tempo, os boletins de mortes de civis são algo que lamentamos e gostaríamos que cessassem. Não queremos ver provocações. As provocações que temos visto resultaram em uma perda de vidas profundamente lamentável”, finalizou.