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Lançada em 6 de setembro, a “Operação Patriot 2.0” do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA) chegou em Massachusetts, mirando “cidades-santuário” como Boston, acusadas pela administração federal de proteger imigrantes ilegais através de suas políticas locais. “É uma resposta direta às políticas de santuário no estado, especialmente em Boston”, disse David Wesling, vice-diretor do ICE/ERO, ao Jornal Boston Herald durante uma Blitz na semana passada. Nos últimos dias (8 a 16), o ritmo das operações do ICE adquiriram contornos dramáticos: agentes saíram ruas, araram veículos e algemaram imigrantes, espalhando pânico em comunidades latinas e brasileiras.
O DHS jura focar nos “piores criminosos”, mas detenções de trabalhadores e até menores de idade são detido sob algemas, como um estudante brasileiro em Milford, mostram um impacto devastador, com protestos, eventos cancelados e famílias em choque.
Milford: Drama, reduto brasileiro a sudoeste de Boston, o ICE atacou com força. No dia 13, agentes pararam um carro no centro e arrastaram Gustavo Henrique Oliveira, estudante de 16 anos da Milford High School, descalço e algemado em um “perp walk” (desfilando com o prisioneiro a fim de exibi-lo numa demonstração) humilhante.
Em processo de asilo, Gustavo foi interrogado e liberado, mas corre risco de deportação. “Ele chorava, apavorado”, relatou um amigo. O caso, filmado e viralizado, é o segundo em meses na mesma escola – Marcelo Gomes da Silva foi detido em maio.
No dia 14, um ato de repudio ao ICE mobilizou Milford, com multidões protestando contra o “terror estatal”. Até 16, pais denunciavam traumas: “Era só uma criança!” Negócios voltados para a comunidade brasileira pararam, os clientes agora estão preferindo não sair as ruas.
Boston e Arredores: Em Boston, o ICE aumentou sua presença na cidade entre 8 e 16, usando um aeroporto em New Hampshire (a uma hora) para deportações rápidas. Veículos sem identificação do ICE lotaram estacionamentos em Lowell e Lynn, mirando vans de trabalho.
No dia 8, a prefeita Michelle Wu alertou para ações legais contra violações de leis locais, mas o ICE ignorou, prendendo “colaterais” – imigrantes sem crime pegos no fogo cruzado.
No dia 12, três ativistas foram algemados em Burlington por tentar entregar comida a detidos, em um confronto tenso. Um guatemalteco de 38 anos, com histórico de agressão, foi preso em Revere, essa ação foi celebrada pelo DHS como “limpeza da bagunça de santuário”. Postagens em X mostram agentes abordado veiculo nas ruas e aviões do ICE em Hanscom (Bedford) para voos de deportação.
Saugus e Everett: Em Saugus um vídeo chocante capturou agentes do ICE quebrando a janela de uma caminhonete e arrastando três trabalhadores, incluindo Hector Chavez, 25, guatemalteco, em uma ação brutal, segundo a Associated Press.
Em Everett, no dia 12, o prefeito cancelou o festival do Mês da Herança Hispânica: “Não dá para celebrar quando a comunidade teme sair de casa”. O evento, que atrairia centenas, foi abortado, refletindo o medo paralisante.
Outras Cidades: O ICE realizou varreduras em todo o estado o estado, em New Bedford (16), perseguição matinal a um suspeito fugindo de uma van, filmada em tempo real. Em Lawrence (15), prenderam um membro da gangue Trinitarios, procurado por tráfico de fentanil.
Lowell e Framingham reportaram 50+ prisões, incluindo menores.
Worcester e West Yarmouth viram detenções de brasileiros e jamaicanos. Uma mulher causou um acidente ao filmar agentes, esquecendo o freio do carro.
O números exatos de prisões não foram divulgados, mas seguem o padrão de maio (1.500, metade sem crime). Ativistas alertam pelas sociais: “ICE em todo lugar!”, com vídeos de confrontos entre agentes e imigrantes que não desejam serem deportados.
A procuradora Andrea Campbell lançou um guia de direitos, e a governadora Maura Healey chama de “teatro cruel”. Republicanos, como Kelly Ayotte (NH), que baniu políticas de santuário, aplaudem, enquanto democratas denunciam “tirania”. Comunidades imigrantes estão paralisadas: escolas em alerta, eventos cancelados e famílias estão sendo divididas. O processo do DOJ (Departamento de Justiça) contra Boston or suas politicas de santuário (4 de setembro) esquenta o conflito. O caos reina, e a tensão só cresce.


