JCeditores – O pacote de cortes de impostos de 2025 do presidente Donald Trump, chamado de “Um Grande e Belo Projeto”, propõe mudanças fiscais amplas, incluindo a permanência dos cortes de 2017, novas isenções e deduções. Com base em fontes americanas como The Wall Street Journal, Bloomberg e o Committee for a Responsible Federal Budget, o pacote atende prioritariamente a classe média e trabalhadores de baixa renda facilitando o acesso a empréstimos para compra de imóveis e outros bens.
Para a classe média, o pacote traz alívio significativo. A dedução padrão para casais aumentaria, e o crédito por filho poderia dobrar, potencialmente elevando a renda líquida em até US$ 13.300 por ano, segundo estimativas republicanas.
Isenções de impostos sobre gorjetas e horas extras beneficiam diretamente trabalhadores de baixa qualificação, como garçons e operários de fábrica, aumentando sua renda disponível. O Wall Street Journal destaca que essas medidas buscam estimular o consumo, essencial para o crescimento econômico. No entanto, os benefícios podem ser reduzidos por cortes propostos em programas sociais como Medicaid e SNAP, que podem afetar milhões de famílias de baixa renda, conforme a Bloomberg que afirma que requisitos mais rígidos para acessar benefícios sociais podem excluir vulneráveis e assim aumentando a insegurança financeira ao reduzir a abrangência desses programas assistenciais.
No que diz respeito a empréstimos para moradia e outros bens, o impacto é considerado duvidoso por analistas. Isenções fiscais sobre uma parte dos juros de financiamentos de carros podem aliviar a carga para famílias de classe média que compram veículos, um gasto importante na economia domestica. Contudo, os efeitos econômicos gerais preocupam. O Committee for a Responsible Federal Budget estima que o plano pode adicionar de US$ 3,3 trilhões a US$ 5,3 trilhões à dívida nacional, podendo elevar a inflação e levando o Federal Reserve a aumentar juros.
De acordo com analistas da Blomberg, taxas mais altas encareceriam empréstimos para hipotecas e outros bens, dificultando o acesso a moradia para classe média americana já pressionados pelos altos preços de imóveis enquanto os trabalhadores de baixa qualificação e renda, que dependem de crédito para “grandes compras”, podem enfrentar restrições financeiras ainda maiores.
Embora os cortes prometam alívio imediato, o futuro é incerto. O Wall Street Journal destaca as promessas republicanas de crescimento econômico, mas críticos democratas alertam que a inflação impulsionada pela dívida e a redução de programas sociais podem prejudicar desproporcionalmente trabalhadores de baixa qualificação.
Para as famílias de baixa renda, que dependem de empréstimos para acessar bens duráveis e à casa própria, o aumento dos juros pode anular as economias fiscais uma vez que os descontos propostos no corte de impostos são menores que os benefícios recebidos, ou seja, eles são dependentes de ajuda estatal.
Em resumo, o pacote de Trump oferece benefícios de curto prazo para a classe média e trabalhadores de baixa qualificação, mas os desafios de longo prazo exigem um equilíbrio entre alívio fiscal e sustentabilidade financeira para garantir resultados justos, enfim o que Trump sugere é fazer esse ajuste e posteriormente, quando esses ajustes produzir os efeitos desejados, propor novas mudanças dentro do dinamismo que é o capitalismo e não fixar um ponto de chegada sem fazer os ajustes até atingir esse ponto, como fazem os socialistas. Contudo, o sucesso dessa estratégia depende de os cortes fiscais gerarem o crescimento esperado sem comprometer a estabilidade financeira da classe média ou a rede de segurança social, o que permanece incerto.