Da Redação – Quem disse que asilo nos Estados Unidos para algumas nacionalidades é impossível? O número de brasileiros com processos pendentes na Justiça americana para buscar o asilo pulou de 12.092, em 2021, para 26.128, em 2022. É um aumento de 116%. Só China e Cuba tiveram crescimentos percentuais maiores e o Brasil se tornou o nono país, em números absolutos, com mais pedidos de asilo na imigração dos EUA.
O advogado Ludo Gardini, uma das maiores autoridades do país em imigração e especialista em asilos, aprovou mais de 70 casos ano passado, provando que os Es tados Unidos se preocupam com o ser humano e sua qua lidade de vida. “As pessoas têm um ano para entrar com o pedido de asilo. Isso é lei. Você vai ver que não é mais verdade que brasileiros não conseguem este benefício”, afirma Gardini.
Ao todo, a Justiça americana já acumula 1,6 milhão de casos pendentes de asilo. Parte desses pedidos, porém, são de imigrantes que estão ilegais nos Estados Unidos e reivindicam o asilo para não serem deportados.
O que nas mãos de um escritório especializado é comprovadamente viável. A escolha do advogado certo pode ser fundamental para o sucesso neste tipo de processo. É necessário pleno conhecimento sobre o assunto e seus trâmites. Antes de contratar um profissional, o imigrante deve avaliar seu índice de aprovações.
Morando nos Estados Unidos há pouco mais de um ano, a mineira Luzia dos Santos, 42, de Governador Valadares, entrou com pedido de asilo em novembro do ano passado, alegando que sofria maus-tratos e perseguição do ex-marido e não tinha como sobreviver com duas filhas no Brasil. Ela chegou ao país atravessando a fronteira no esquema conhecido como cai-cai. “Eu tive que morar com a minha mãe porque estávamos abandonadas”, diz ela.
Luzia terá que esperar até novembro deste ano para dar entrada no pedido de green card. Trabalhando como balconista numa loja em Boston, a mineira não cogita voltar para o Brasil. “Minha vida agora é totalmente aqui. Apesar de muita gente falar que eu não conseguiria, ao encontrar o Dr. Ludo tive a convicção que daria certo. E deu”, afirma.
Já a mato-grossense Beatriz de Souza, 32, também recorreu ao mesmo escritório usado por Luzia e passou nos Estados Unidos por processo semelhante.
Ela, o marido e os filhos saíram de Porto de Lacerda, Mato Grosso, e pediram asilo para se livrar de agiotas da região que faziam ameaças de morte. “Nós tínhamos dívidas, como muitos brasileiros, mas os agiotas estavam em nossa porta fazendo ameaças”, diz Beatriz.
Trabalhando no país como house cleaner, a mato-grossense falou com a reportagem num quarto de hospital em Boston onde deu à luz uma menina. “No meio do ano completaremos dois anos aqui e nossas vidas mudaram”, afirma. Ela teve o pedido de asilo aprovado em novembro de 2022 e, assim como Luzia, aguarda o segundo semestre para dar entrada no processo de residência permanente.
Para mais informações em português sobre asilo, ligue 617-992-1575