Da Redação – A Polícia Federal do Brasil (PF) iniciou na quinta-feira da semana passada, a operação Fictus, que mira um esquema criminoso de promoção de migração ilegal, com a utilização de documento falso e associação criminosa, decorrente da entrada ilegal de brasileiros em país estrangeiro.
Segundo a PF, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Ipatinga, nas casas e endereço comercial dos envolvidos que ficam nas cidades de Belo Horizonte, Ipatinga e Sardoá.
Ainda conforme a polícia, os mandados de busca visam obter novos elementos de prova que corroborem os indícios já existentes da falsificação de documentos e da promoção de migração ilegal. Um dos alvos da investigação é conhecido pelos órgãos de segurança pública como um dos principais responsáveis pelo crime de facilitar a migração ilegal no Vale do Aço.
A estimativa da PF é que a organização criminosa tenha remetido ao exterior ao menos 115 pessoas, incluindo crianças e adolescentes.
A suspeita é de que a organização criminosa tenha utilizado a falsificação de documentos com o objetivo de formar famílias, facilitando assim a imigração ilegal.
As investigações apontaram que, o dinheiro proveniente da atividade criminosa era investido em estabelecimentos comerciais na cidade de Ipatinga, e em bens registrados muitas vezes em nomes de laranjas. Além disso, os lucros eram utilizados para manter uma vida de luxo pelos envolvidos. A PF informou também que a estimativa é que o esquema ilegal tenha lucrado mais de R$ 11,5 milhões.
Na operação foram sequestrados imóveis e veículos de luxo, dispositivos eletrônicos, joias, munição, documentos e dinheiro.
Os investigados deverão responder pelos crimes de falsificação de documentos, promoção de migração ilegal e associação criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam oito anos de reclusão.