Da redação – A Pfizer afirmou nesta segunda-feira (9) que sua vacina experimental contra a covid-19 mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença com base em dados iniciais de um estudo amplo, numa grande vitória na luta contra uma pandemia que matou mais de 1 milhão de pessoas, abalou a economia global e impactou o cotidiano das pessoas.
A Pfizer e sua parceira alemã BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o coronavírus. As empresas disseram que até o momento não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos neste mês.
Se obtiver a autorização, o número de doses da vacina será limitado inicialmente. Uma das questões pendentes é por quanto tempo a vacina fornecerá proteção. No entanto, a notícia divulgada dá esperanças de que outras vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus também possam se mostrar eficazes.
Rússia diz que vacina candidata Sputnik V também tem ‘mais de 90%’ de eficácia
A Rússia anunciou que uma de suas vacinas candidatas contra a Covid-19, a Sputnik V, também tem “mais de 90%” de eficácia contra a doença. O anúncio foi feito horas depois de as farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciarem que sua vacina candidata contra a Covid-19 tinha alcançado esse índice de eficácia.
Não foram publicados estudos que embasassem os anúncios da Rússia ou das farmacêuticas.
“Somos responsáveis por monitorar a eficácia da vacina Sputnik V entre os cidadãos que a receberam como parte do programa de vacinação em massa“, disse Oksana Drapkina, diretora de um instituto de pesquisa do Ministério da Saúde russo, em um comunicado.
“Com base em nossas observações, também é superior a 90%. O aparecimento de outra vacina eficaz – esta é uma boa notícia para todos“, declarou.
A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado.
Mais cedo, o diretor do Instituto Gamaleya, que desenvolveu a Sputnik V, disse que espera publicar, “no futuro próximo”, os resultados preliminares dos testes da vacina. A imunização está em testes de fase 3 na Rússia e o governo espera começar a vacinação em massa até o fim de 2020, segundo a agência de notícias estatal russa Tass.