Da Redação – Não é só a região Centro-Oeste que está em chamas. E não é só Brasil que tem sido consumido por incêndios grandiosos.
Da Sibéria à Austrália, da Califórnia à Indonésia. No Brasil, as chamas queimam a Amazônia, devastam o Pantanal, as serras de Minas, o interior de São Paulo. Desde 2019, temos visto e sentido de forma dramática que estamos todos juntos em um planeta em sofrimento.
Os incêndios, que em janeiro já tinham destruído mais de dez milhões de hectares na Austrália, começaram a fugir de controle pelo menos seis meses antes. Na Sibéria, o famoso território gelado da Rússia, o verão de 2020 foi o mais quente em 130 anos. E o fogo se alastrou até onde o solo nunca tinha descongelado.
Na Califórnia, os americanos veem as chamas devorando casas e vidas. Essa região da costa oeste sempre foi quente, seca e sujeita até a fogo espontâneo. Mas nove dos dez maiores incêndios já registrados na região aconteceram após o ano 2000.
Para os estudiosos do clima, é o mundo sofrendo as consequências do aquecimento global. De 1880 para cá e principalmente depois dos anos de 1960, a Terra esquentou 1,1 grau – e ficou muito doente por isso, ficou com febre.
O mundo inteiro sofre com as mudanças climáticas. Mas é em cada país, em cada estado, cidade, reserva ou propriedade que atitudes precisam ser tomadas para evitar que a situação fique ainda pior. E para especialistas em clima e meio ambiente, não só o Brasil, mas o mundo está em dívida com a natureza.
A falta de controle espalha desespero, tristeza e fumaça pelos países. A nuvem de gases e fuligem já desce do Centro-Oeste para o Sudeste e o Sul do Brasil em forma de chuva preta. No Novo México, nos Estados Unidos, a chuva é de pássaros mortos que caem do céu, aves que fogem dos incêndios florestais e começam a migração mais cedo e acabam morrendo de exaustão no caminho e assim extinguindo espécies inteira.
No Brasil, como em qualquer outro pais do mundo, o discurso populista aliado ao nacionalismo arcaico, ignora o os fatos científicos que apontavam para essa tragédia anunciada já a décadas atrás, o anacronismo de que a soberania nacional e a determinação de um povo não o torna responsável pelo danos provocados ao meio ambiente a ponto de exterminar não apenas um ecossistema local, mas afetar toda a humanidade ao comprometer o futuro de outras gerações.
A melhor forma de um povo demonstrar a sua soberania é cuidar do seu patrimônio ambiental protegendo seu território tanto da cobiça internacional quanto nacional.