Da Redaçã0 – Na manhã desta segunda-feira, 10 de março de 2025, a plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, foi acometida por uma série de interrupções que deixaram milhares de usuários em diversas partes do mundo sem acesso ao serviço.
As falhas, que se iniciaram por volta das 5h30 (horário da costa leste dos EUA, equivalente a 7h30 no horário de Brasília), ocorreram em três momentos distintos ao longo do dia, afetando especialmente os Estados Unidos e o Reino Unido. Diante do ocorrido, Elon Musk, proprietário da rede, declarou que as instabilidades resultam de um “ataque cibernético massivo”, sugerindo o envolvimento de um “grande grupo coordenado e/ou um país”.
Os problemas foram amplamente registrados pelo Downdetector, um serviço que monitora falhas em plataformas digitais com base em relatos de usuários. A primeira interrupção, às 5h30, gerou cerca de 20 mil notificações de dificuldades de acesso. Após uma breve estabilização, uma segunda onda, às 9h30, alcançou um pico de 40 mil reclamações, seguida por uma terceira, às 11h, com impactos persistentes até o início da tarde. Usuários reportaram desde lentidão no carregamento de postagens até a completa impossibilidade de acessar o site e o aplicativo, com mensagens de erro como “algo deu errado, tente recarregar” aparecendo em suas telas.
Em uma postagem publicada às 13h25 (horário da costa leste dos EUA), Musk afirmou: “Houve (e ainda há) um ataque cibernético massivo contra o X. Somos atacados todos os dias, mas este foi executado com muitos recursos. Ou um grande grupo coordenado e/ou um país está envolvido. Estamos rastreando…”.
A declaração, embora não apresente evidências concretas ou detalhes técnicos sobre a natureza do ataque, reforça a gravidade da situação e levanta especulações sobre os responsáveis. Até o momento, a equipe do X não forneceu um comunicado oficial com mais esclarecimentos, e o processo de rastreamento mencionado por Musk segue em curso.
As interrupções afetaram usuários em escala global, com relatos significativos também no Canadá, na Índia e na Austrália, evidenciando o alcance do problema. Nos Estados Unidos, as áreas costeiras foram as mais impactadas, enquanto no Reino Unido mais de 10 mil pessoas registraram dificuldades ao longo do dia. As duas primeiras falhas foram solucionadas em cerca de 45 minutos cada, mas a persistência das instabilidades sugere que o ataque, se confirmado, possui uma capacidade de resistência considerável.
Especialistas em segurança digital apontam que ataques desse porte frequentemente envolvem técnicas como o DDoS (Distributed Denial of Service), que sobrecarrega servidores com tráfego falso para interromper serviços. Contudo, sem informações adicionais, permanece incerto se essa foi a estratégia empregada. A menção de Musk a “muitos recursos” alimenta hipóteses de uma operação sofisticada, possivelmente com motivações políticas ou econômicas, dado o papel crescente de Musk em debates globais e sua influência em setores como tecnologia e governo.
Desde que adquiriu a plataforma em 2022 por 44 bilhões de dólares, Musk implementou mudanças significativas no X, incluindo cortes expressivos na equipe técnica, o que já levantou questionamentos sobre a resiliência da infraestrutura da rede. Incidentes anteriores, como as falhas de março de 2023, expuseram vulnerabilidades, mas interrupções completas e recorrentes como as de hoje são raras e reacendem o debate sobre a estabilidade do serviço sob a nova gestão.
Enquanto engenheiros trabalham para restaurar a normalidade, o episódio destaca os desafios enfrentados por plataformas digitais em um cenário de crescentes ameaças cibernéticas. Para os usuários, resta a expectativa de uma resolução célere e de esclarecimentos mais detalhados sobre o que está por trás dessa turbulência virtual. O X, por ora, segue no centro de uma tempestade tecnológica cuja origem ainda é um mistério.