AP – A polícia do Capitólio rejeitou ajuda federal para reforçar a segurança da sede do Congresso americano três dias antes de apoiadores do presidente Donald Trump invadirem o local, segundo a agência de notícias Associated Press.
Cinco pessoas morreram na invasão, inclusive um policial do Capitólio, quando parlamentares se reuniam para certificar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial americana de novembro. A sessão chegou a ser interrompida, mas a formalidade foi cumprida horas depois.
Mais de 50 membros da corporação ficaram feridos e vários foram hospitalizados com ferimentos graves. Após a tragédia, o chefe da polícia do Capitólio, Steven A. Sund, renunciou ao cargo. O sargento de Armas do Senado, Michael Stenger, e o Sargento de Armas da Câmara, Paul Irving, também deixaram o cargo.
Segundo o jornal “The Wall Street Journal“, a polícia foi alertada para um aumento perceptível, nos dias anteriores à invasão, nas discussões on-line sobre o protesto fugir do controle e visar o Capitólio, onde a certificação da vitória de Biden ocorreria.
O secretário do Exército, Ryan McCarthy, afirmou que não havia nenhum planejamento de porque a ajuda do Departamento de Defesa foi recusada. “Eles precisam nos pedir, o pedido precisa vir até nós”, disse McCarthy.
Não está claro quantos policiais estavam de plantão na quarta, mas o complexo é policiado por 2,3 mil agentes, que protegem os 435 representantes da Câmara, os 100 senadores e seus funcionários. Em comparação, a cidade de Minneapolis tem cerca de 840 policiais uniformizados para 425 mil habitantes.
Responsabilizando os culpados
Até a noite de quinta-feira (7), mais de 50 pessoas haviam sido indiciadas por diversas acusações relacionadas à invasão, como posse de armas, entrada ilegal, agressão e roubo.
Segundo o procurador dos EUA em exercício em Washington, Mike Sherwin, centenas de pessoas estão envolvidas na identificação de mais suspeitos e estão sendo feitas buscas por material roubado durante a invasão, incluindo equipamentos eletrônicos e documentos de deputados e assessores.
O FBI e a polícia da capital americana, Washington D.C., pediram ajuda para identificar pessoas que participaram dos atos e divulgaram fotos de suspeitos.