AP – J. Alexander Kueng, um ex-policial de Minneapolis, condenado por violar os direitos civis de George Floyd, foi sentenciado em tribunal federal nesta quarta-feira (27) a três anos de prisão. Sua pena foi abaixo da exigida nas diretrizes (4 anos e 3 meses até 5 anos e 3 meses) pois o juiz o considerou como novato.
Os promotores argumentarem que Kueng “não disse uma palavra” para impedir o policial Derek Chauvin de matar Floyd enquanto Chauvin se ajoelhava no pescoço do homem por 9 minutos e meio. Mesmo assim, o juiz distrital dos EUA Paul Magnuson, manteve sua decisão.
Kueng segurou Floyd, outro policial, Thomas Lane, segurou os pés e o policial Tou Thao manteve os espectadores afastados, alguns dos quais gravaram vídeos que, posteriormente, levaram a protestos em todo o mundo e a um acerto de contas sobre a injustiça racial.
O juiz federal chamou a morte de Floyd de “uma ofensa grave” e disse que não havia dúvida de que Kueng violou seus direitos ao não retirar Chauvin quando o homem não respondeu em 25 de maio de 2020. Mas ele também mostrou o que chamou de “um número incrível” de cartas de apoio a Kueng que, segundo ele, vieram de outros policiais.
“Você era realmente um oficial novato”, disse Magnuson a Kueng.
O governo federal apresentou as acusações de direitos civis contra todos os quatro policiais em maio de 2021, um mês depois que Chauvin foi condenado por assassinato e homicídio culposo no tribunal estadual.
Kueng e Thao foram condenados em fevereiro por duas acusações de violação dos direitos civis de Floyd. O júri considerou que eles privaram o homem negro de 46 anos de cuidados médicos e não conseguiram impedir Chauvin.
Kueng, que é considerado pela justiça como negro, foi condenado a três anos em cada acusação, a serem cumpridas simultaneamente. Thao, que é de origem asiática, deveria ser sentenciado nesta quarta-feira.
Os dois ainda devem ser julgados em outubro sobre a acusação de cumplicidade de assassinato em segundo grau e homicídio culposo em segundo grau.