A cidade de Portland voltou a ter protestos na noite desta segunda e madrugada desta terça-feira (28) pouco depois os prefeitos daquela cidade e outros cinco grandes centros urbanos dos EUA apelarem ao Congresso para tornar ilegal que o governo federal envie agentes militarizados para cidades que não os pediram.
“O uso flagrante da força federal pelo governo nas cidades apesar das objeções das autoridades locais nunca deveria acontecer”, escreveram os prefeitos de Portland, Seattle, Chicago, Kansas City, Albuquerque, Novo México e Washington aos líderes da Câmara e do Senado dos EUA.
No entanto, o procurador Billy Williams afirmou que as tropas federais permanecerão em Portland até cessarem os ataques a um tribunal federal e que mais homens podem em breve estar a caminho.
“Não é uma solução dizer aos oficiais federais que saiam quando seguem havendo ataques a propriedades e pessoal federal”, disse o procurador Billy Williams. “Não vamos deixar o prédio desprotegido para ser destruído”.
Autoridades locais e estaduais disseram que as forças de segurança federais não são bem-vindas.
O prefeito de Portland, Ted Wheeler, e o comissário da cidade, Jo Ann Hardesty, convocaram uma reunião com o secretário interino de Segurança Interna, Chad Wolf, para discutir um cessar-fogo e a remoção de forças federais da cidade.
O procurador-geral dos EUA, William Barr, irá defender o uso de agentes federais pelo Departamento de Justiçapara reprimir protestos em depoimentos do congresso nesta terça. Ele vai dizer que ataques ao tribunal federal representam “um ataque ao governo dos Estados Unidos”.
“A responsabilidade mais básica do governo é garantir o estado de direito, para que as pessoas possam viver suas vidas com segurança e sem medo. O Departamento de Justiça continuará trabalhando para cumprir essa responsabilidade solene”, diz um trecho já divulgado da fala de Barr.