AFP – O presidente de Israel, Isaac Herzog, recebeu uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 nesta sexta-feira (30), no lançamento de uma campanha para reforçar a imunização em pessoas com 60 anos ou mais no país.
Não há estudos que indiquem a necessidade de uma terceira dose de qualquer imunizante contra a Covid-19, para qualquer idade, mas o tema tem sido debatido e ganhado força recentemente, com o avanço da variante delta por vários países onde a vacinação está avançada, como Israel, Reino Unido e Estados Unidos.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) diz que não há estudo conclusivo sobre 3ª dose e que já autorizou duas pesquisas sobre o tema: uma com a vacina da Pfizer e outra com a da AstraZeneca.
Mas a agência reguladora destaca que, “até agora, todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte”. Além disso, a variante gama (também conhecida como P.1) ainda é predominante no Brasil.
3ª dose em Israel
“Começamos a campanha de reforço da vacinação“, declarou Herzog após receber a vacina da Pfizer/BioNTech no Hospital Sheba, no subúrbio de Tel Aviv.
O país já tinha autorizado a aplicação de uma terceira dose para pessoas com imunodepressão grave (cujo sistema imunológico debilitado as torna particularmente vulneráveis ao novo coronavírus).
Diante do recente aumento dos casos de Covid-19 em Israel, o primeiro-ministro Naftali Bennett anunciou uma campanha para ministrar a terceira dose também em pessoas com 60 anos ou mais.
“Israel é o pioneiro, tomando a dianteira com uma terceira dose da vacina para pessoas com 60 anos e mais”, disse Bennett, que tem 49 anos e acompanhou o presidente nesta sexta.
“A única maneira de vencer a Covid é agirmos juntos. Juntos significa compartilhar informações, métodos, conselhos, etapas práticas. O Estado de Israel está aberto a compartilhar todas as informações que obterá desta medida audaciosa”, afirmou o premiê.
O que diz a Pfizer
A Pfizer, que produz a vacina mais utilizada em Israel, diz que “novos estudos mostram que uma terceira dose tem efeitos neutralizadores contra a variante delta, [que são] cinco vezes mais elevados entre os jovens e mais de 11 vezes entre os mais velhos”.
A farmacêutica pediu para uma terceira dose da sua vacina ser aplicada também nos Estados Unidos, mas por enquanto a FDA não autorizou.