Da Redação – Foi divulgado nesta terça-feira (14) o relatório do procurador especial Jack Smith sobre a invasão ao Capitólio em 2020. Nela, Donald Trump seria condenado por diversos crimes, algo que não ocorrerá por ele ter vencido as eleições de 2024. A informação está dentro do texto divulgado pelo Departamento de Justiça.
Smith foi nomeado como conselheiro especial para investigar a tentativa de Trump para anular as eleições de 2020. Ele foi designado para o caso em 2021 e entrou o relatório final para o procurador-geral, Merrick Garland.
O procurador especial afirma que há todas as evidências possíveis e suficientes para condenar o novo presidente dos Estados Unidos. No entanto, ao ser eleito no ano passado, o processo não poderá continuar da mesma forma e, com isso, há impedimento pela condenação.
“A visão do departamento de que a Constituição proíbe o indiciamento e a acusação contínua de um presidente é categórica e não depende da gravidade dos crimes acusados, da força das provas do governo ou dos méritos da acusação, que o gabinete apoia totalmente (…) De fato, não fosse a eleição do Sr. Trump e seu iminente retorno à presidência, o gabinete avaliou que as evidências admissíveis eram suficientes para obter e sustentar uma condenação no julgamento”, relata Smith no texto.
O investigador comenta que, entre as provas da tentativa de burlar o resultado eleitoral, Trump “fez reivindicações eleitorais apenas para legisladores e executivos estaduais que compartilhavam sua filiação política e eram seus apoiadores políticos, e apenas em estados que ele havia perdido.” Além disso, também são citadas supostas ‘fake news’ sobre o resultado, em que Joe Biden venceu.
Donald Trump foi indiciado pelo Departamento de Justiça por quatro acusações, de “conspiração” até “conspiração para fraudar os Estados Unidos”.
O presidente eleito dos EUA se declarou inocente e comentou na sua rede social Truth Social que Smith era um “promotor idiota que não conseguiu que seu caso fosse julgado antes da eleição”.