JSNEWS – A Califórnia, epicentro da diversidade cultural americana, tem uma longa história de protestos que refletem questões raciais e, mais recentemente, políticas imigratórias, muitas vezes marcados por violência e confrontos com as forças de segurança. Desde os tumultos de 1992 até os eventos de junho de 2025, o estado exibe tensões sociais profundas, mas a resposta firme das autoridades é essencial para garantir a ordem e manter a sociedade coesa.
Em 1992, a absolvição de policiais envolvidos no espancamento de Rodney King desencadeou os tumultos de Los Angeles, com 63 mortes, 2.400 feridos e danos de 1 bilhão de dólares. Saques, incêndios e confrontos com a polícia marcaram o episódio, exigindo a intervenção da Guarda Nacional.
Em 1995, o julgamento de O.J. Simpson gerou manifestações menos violentas, mas revelou divisões raciais, com apoio de comunidades negras ao veredicto como resistência ao sistema judicial.
Em 2020, a morte de George Floyd reacendeu protestos em Los Angeles, inicialmente pacíficos, mas que evoluíram para saques e conflitos, exigindo reforço policial e federal. Esses eventos mostram como questões raciais podem escalar, mas também a importância de respostas robustas para conter a desordem.
Em 6 a 8 de junho de 2025, Los Angeles, Paramount e Compton foram palco de protestos contra operações do ICE que resultaram na prisão de 118 imigrantes em situação irregular. As manifestações, inicialmente pacíficas, tornaram-se violentas, com manifestantes bloqueando a 101 Freeway, ateando fogo a veículos autônomos da Waymo, jogando pedras, fogos de artifício e scooters contra policiais, além de incendiar lixeiras e lojas.
150 prisões ocorreram em Los Angeles e 60 em San Francisco, onde protestos de solidariedade também descambaram para a violência. Três policiais sofreram ferimentos leves, e agentes federais usaram gás lacrimogêneo, spray de pimenta e granadas de efeito moral para dispersar as multidões.
O presidente Donald Trump respondeu com a mobilização de 2.000 membros da Guarda Nacional para proteger instalações federais, como o Centro de Detenção Metropolitana, contra a vontade do governador Gavin Newsom e da prefeita Karen Bass, que criticaram a medida como “inflamatória”. Newsom anunciou uma ação judicial, alegando violação da soberania estadual, enquanto Trump classificou os manifestantes como “agitadores” e ameaçou enviar fuzileiros de Camp Pendleton.
As operações do ICE visam cumprir a lei, removendo indivíduos em situação irregular, incluindo alguns com antecedentes criminais, como posse de drogas ou fuga da justiça. A violência dos protestos, com ataques a policiais e destruição de propriedade, justifica uma resposta enérgica. A Guarda Nacional, ao proteger prédios federais, garante a segurança pública e a execução das leis de imigração, essenciais para a soberania nacional. Líderes locais, como Newsom e Bass, ao resistirem, arriscam minar a autoridade legal e incentivar a desordem, enquanto a ação federal busca restaurar a estabilidade.
Os protestos de 2025, centrados na imigração, lembra os de 1992 e 2020, com comunidades latinas e indígenas denunciando discriminação. A Coalition for Humane Immigrant Rights comparou as ações do ICE a ataques contra minorias, remetendo às tensões raciais históricas. Contudo, a violência, como a queima de veículos e ataques a policiais, desvia o foco de reivindicações legítimas, exigindo que a lei prevaleça para proteger todos os cidadãos.
A Califórnia enfrenta um ciclo de protestos que misturam questões raciais e imigratórias, frequentemente marcados por violência. A resposta das autoridades, com a Guarda Nacional e ações policiais, é crucial para conter a desordem e assegurar que a lei seja respeitada, protegendo a sociedade de Los Angeles e além.