JSNEWS – Quase um terço de todos os trabalhadores americanos ganham menos de US$ 15 por hora, mulheres, trabalhadores negros e hispânicos são significativamente mais propensos a ganhar salários baixos quando comparados a homens brancos, de acordo com uma nova pesquisa da Oxfam.
Um relatório da organização Oxfam divulgado segunda-feira,28, diz que que 31,9% da força de trabalho dos EUA recebe salários abaixo de US$ 15 por hora, com amplas disparidades raciais, de gênero e geográficas que se correlacionam estreitamente com políticas estaduais.
Nacionalmente, o relatório constatou que 40% das mulheres trabalhadoras ganham menos de US$ 15 por hora, em comparação com 25% dos homens na força de trabalho.
As disparidades raciais e étnicas são igualmente impressionantes: 26% dos trabalhadores brancos ganham menos de US$ 15 por hora, em comparação com 46% dos trabalhadores hispânicos e 47% dos trabalhadores negros.
Mais da metade de todas as mulheres trabalhadoras afrodescendente ganham menos de US$ 15 por hora, de acordo com a Oxfam.
As diferenças geográficas são em grande parte determinadas pelas leis trabalhistas estaduais, uma vez que os locais que promulgaram salário mínimo mais altos têm consistentemente a menor proporção de trabalhadores que ganham salários abaixo de US$ 15.
Washington, D.C., a única jurisdição cujo salário mínimo atualmente supera US$ 15 por hora, lidera em todas as categorias, com apenas 9% de sua força de trabalho ganhando menos de US$ 15, incluindo 13% dos trabalhadores negros e 15% dos trabalhadores hispânicos.
Enquanto apenas 12% das mulheres no Distrito de Columbia ganham menos de US$ 15 por hora, 17% das mulheres trabalhadoras de cor ganham salários abaixo dessa marca.
No Washington o salário mínimo atualmente é de US$ 13,69 por hora, e o da Califórnia é de US$ 13, de acordo com o Departamento do Trabalho. O estado associado de Porto Rico apresenta o maior número de trabalhadores de baixa onde 76% de todos os trabalhadores ganham menos de US$ 15 por hora.
A maioria dos trabalhadores porto-riquenhos são hispânicos, embora aqueles que se identificam como brancos sejam menos propensos a ganhar salários abaixo de US$ 15, quase 67% dos porto-riquenhos brancos ainda ganham menos de US$ 15 por hora.
Embora o território caribenho não tenha grandes disparidades em salários abaixo de US$ 15 para hispânicos e mulheres, 92% dos porto-riquenhos negros e 89% dos porto-riquenhos indígenas ganham menos de US$ 15 por hora.
Porto Rico é acompanhado na parte inferior da lista por dois dos estados mais pobres, Mississippi, onde 45% de todos os trabalhadores ganham menos de US $ 15 por hora, e Novo México, onde 44% dos trabalhadores não conseguem atingir esse nível salarial.
O Mississipi, que não tem salário mínimo estadual e adere à taxa federal de 7,25 dólares por hora, também vem em penúltimo lugar em quase todas as categorias de desigualdade salarial medida pela Oxfam.
Enquanto todos os ‘mississippianos’ são mais propensos a ganhar menos de US $ 15, cerca de 55% das mulheres na força de trabalho do estado ganham menos que isso, assim como 63% dos trabalhadores negros no estado, e 70% das mulheres trabalhadoras de cor.
O Mississipi tem uma força de trabalho hispânica relativamente pequena, dos quais 59% ganham menos de US$ 15 por hora.
Em termos absolutos, o Texas tem a maior força de trabalho ganhando menos de US$ 15, com quase 5,7 milhões de trabalhadores recebem menos de $15 dólares por hora.
Na Flórida, cerca de 4,5 milhões de trabalhadores ganham menos de US$ 15 por hora.
A Califórnia, o estado mais populoso do país, tem 3,4 milhões de trabalhadores que ganham menos de US$ 15, outros estados, incluindo Nova York, Pensilvânia, Ohio, Illinois, Geórgia, Michigan e Carolina do Norte têm cerca de 2 milhões de trabalhadores com um nível salarial abaixo de US$ 15.
O relatório da Oxfam também refuta um argumento comum contra o aumento do salário mínimo, de que um baixo permite aos trabalhadores a jovens acesso à formação no profissional. De acordo com o relatório, 89% dos trabalhadores americanos que ganham menos de US$ 15 por hora têm pelo menos 20 anos de idade, e 19% dos trabalhadores com mais de 55 anos ganham menos de US$ 15 por hora.
O relatório também descobriu que 11,2 milhões de pais (e mães) solteiros representam 57% desse grupo demográfico, ganham menos de US$ 15 por hora.
Resumo:
- Gênero: Enquanto 25% dos homens ganham menos de US$ 15 comparados a 40% das mulheres e isso representa 31 milhões de pessoas.
- Raça: Enquanto 26% dos trabalhadores brancos ganham menos de US$ 15 por hora, 46% dos trabalhadores hispânicos/latinos ganham menos que US$ 15 por hora, e 47% dos trabalhadores negros ganham menos de US$ 15 por hora.
- Idade: A grande maioria dos trabalhadores que ganham menos de US$ 15 não são adolescentes: 89% têm 20 anos ou mais.
- Pais: Milhões de trabalhadores de baixa remuneração são mães ou pais solitários, lutando para criar filhos com baixos salários, cerca de 11.2 milhões de pessoas que recebem menos de US$ 15 por hora.