BBC NEWS MUNDO – As eleições presidenciais dos EUA parecem girar em torno de apenas dois candidatos, o presidente Donald Trump ou o ex-vice-presidente Joe Biden.
Mas, como nas eleições anteriores, havia outros. E alguns podem roubar votos decisivos dos dois candidatos principais.
Nessas eleições, Jo Jorgensen, do Partido Libertário, está em terceiro lugar na disputa e, embora longe dos favoritos, ela soma mais votos do que aqueles que separaram Trump e Biden em Estados como Nevada ou Geórgia, onde a eleição será decidida.
Até quinta-feira (05/11), Jorgensen, de 63 anos, havia acumulado mais de 1,6 milhão de votos, 1,1%, a segunda melhor votação que o Partido Libertário obteve em sua história nas eleições presidenciais, atrás apenas do percentual recebido pelo candidato Gary Johnson e seu companheiro de chapa, Bill Weld, em 2016.
Mas quem é a candidata e o que ela propõe?
Jorgensen, nascida em 1957 em Illinois, é integrante do Partido Libertário desde 1983, que a descreve como “ousada, destemida e gentil”.
Psicóloga, mãe de dois filhos e avó, ela é mestre em Administração de Empresas pela Southern Methodist University e doutora em Psicologia Industrial e Organizacional pela Clemson University, onde também ministra cursos de Psicologia.
Ela foi representante de marketing da IBM; depois proprietária e presidente da DigiTech, empresa de backup de software; e, desde 2002, oferece consultoria para outras empresas, conforme dados de sua campanha.
Além de sua atividade profissional, ela é uma antiga integrante do movimento libertário, embora nunca tenha ocupado nenhum cargo público eletivo.
Em 1992, ela foi candidata à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pela Carolina do Sul e em 1996 foi candidata à vice-Presidência, com Harry Browne como líder da chapa.
Este ano, ela se tornou a primeira candidata mulher do partido à presidência dos Estados Unidos.
Durante sua campanha, propôs a criação de um sistema de saúde baseado no mercado livre, sem a intervenção do Estado ou das seguradoras.
Ela também prometeu eliminar o imposto de renda, acabar com a guerra contra as drogas, abolir a agência do governo de combate às drogas Drug Enforcement Administration (DEA), perdoar os culpados de crimes não-violentos relacionados às drogas e encorajar dependentes químicos a buscar ajuda e reabilitação.
Sua plataforma também propõe o fim dos subsídios para grandes corporações, legalização da maconha e retorno das tropas dos EUA atualmente em zonas de conflito.