Da redação – O queniano Cholo Abdi Abdullah, 30 anos, compareceu diante de um tribunal de Nova York nesta quarta-feira (16) e foi acusado de tramar um atentado terrorista no estilo 11 de setembro pilotando um avião sequestrado contra um arranha-céu de uma “grande cidade” dos Estados Unidos.
Cholo Abdi Abdullah, de acordo com a promotoria, é filiado ao Al-Shabaab, um grupo jihadista baseado na África Oriental com ligações diretas à Al-Qaeda. Os promotores também disseram que o queniano recebeu treinamento de voo nas Filipinas entre 2017 e 2019 onde obteve uma licença de piloto como preparação para o ataque terrorista.
A promotoria também disse que Abdullah estudou “os meios e métodos para sequestrar um avião comercial“, incluindo como arrombar a porta de uma cabine de um avião e “informações sobre o edifício mais alto de uma grande cidade dos Estados Unidos“.
O queniano enfrenta seis acusações por crimes relacionados ao terrorismo, incluindo conspiração para fornecer suporte material a um grupo reconhecido como terrorista e planejar participar o sequestro de uma aeronaves. Cada acusação pode acarretar uma pena de 20 anos até a prisão perpétua.
O procurador-geral adjunto norte-americano, John C. Demers, disse em um comunicado que o suposto plano de terror era um lembrete “da ameaça mortal que os terroristas islâmicos radicais continuam a representar” para os Estados Unidos, destacando a necessidade de “perseguir e responsabilizar qualquer pessoa que queira prejudicar” os cidadãos norte-americanos.
“Temos uma dívida de gratidão com os agentes, detetives, analistas e promotores que são responsáveis pela prisão deste réu“, acrescentou Demers.
Os promotores, ao anunciar o plano de sequestro, disseram que o grupo extremista recentemente “embarcou em uma escalada de ataques terroristas” após a decisão dos Estados Unidos de transferir sua embaixada em Israel para Jerusalém.
A escalada de terror que a promotoria se refere, inclui o ataque de 2019 que matou cerca de 21 pessoas – incluindo um empresário americano que sobreviveu ao ataque de 11 de setembro ao World Trade Center – em um hotel de Nairóbi, capital do Quênia.
