REUTERS – Os republicanos dos Estados Unidos estão ficando sem tempo, dinheiro e opções para impedir que os democratas consigam uma maioria de assentos no Senado, e com ela o controle total do Congresso, em uma eleição que acontece em apenas duas semanas.
A queda do presidente Donald Trump nas pesquisas de opinião está pesando sobre os senadores republicanos em 10 corridas competitivas, e os democratas estão na defensiva na disputa de duas cadeiras, o que aumenta a probabilidade de os correligionários de Trump perderem sua maioria de 53 a 47 no dia 3 de novembro.
Isto dá aos democratas uma boa chance de acrescentar uma maioria ao seu controle sobre a Câmara dos Deputados, o que pode ou conter Trump em um segundo mandato ou abrir caminho a uma nova era de domínio democrata em Washington se o candidato presidencial Joe Biden conquistar a Casa Branca.
“O Partido Republicano tem que começar a pensar sobre o que consegue salvar entre agora e 3 de novembro”, disse o estrategista republicano Rory Cooper, que já foi assessor do ex-líder da maioria na Câmara, Eric Cantor.
Embora se esperasse que mudanças demográficas prejudicassem republicanos no exercício do cargo, entre eles Thom Tillis, da Carolina do Norte, Martha McSally, do Arizona, e Cory Gardner, do Colorado, senadores republicanos poderosos, como Lindsey Graham, da Carolina do Sul, e Joni Ernst, do Iowa, também estão enfrentando concorrentes fortes.
Os norte-americanos estão votando antecipadamente como nunca antes, já que procuram maneiras de evitar a exposição à pandemia de coronavírus, que já matou quase 220 mil pessoas no país –28 milhões de pessoas já depositaram seus votos.
Mas os republicanos acreditam que ainda conseguem manter uma maioria de 51 cadeiras capturando vagas democratas no Alabama e no Michigan e os derrotando na Carolina do Norte, Iowa e outros Estados com muitos eleitores alinhados ao seu partido.