Por: Edel Holz – Conheço esse casal 20 desde 2003, quando fomos apresentados por Celso Gabriel. Serjão conhecia meu marido Porque ambos já estavam aqui há muitos anos e os dois são de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Me deram muita força quando comecei com o teatro aqui e quando Magal veio participar da minha comédia “Brega é quem me diz “, zeram uma festa em sua casa pra ele. Após anos sem nos encontrarmos, nos vimos novamente na casa de Dauro Aquino mês passado. Fiz propaganda dos Silva e pedi que fossem nos prestigiar. Rose se certificou se estariam aqui ou não, porque eles tinham uma viagem marcada para a Suissa.
Pronto! Bastou saber que viajariam pros Alpes, preu pedir que trouxessem pra mim uma Edelweiss, ‑ flor do meu nome. Falei o quanto essa ‑ flor é importante pra mim, lhes disse que é proibida em alguns lugares, considerada a estrela dos Alpes e que os namorados dão pras namoradas como prova de amor eterno pois arriscam suas vidas escalando os Alpes.
Pedi pra várias pessoas trazerem minha ‑ flor e até hoje só a Xanda e Dona Lucília do Zé Magro trouxeram. Sexta- feira passada, recebi o telefonema do Serjão dizendo:- você nos deu uma missão impossível! essa ‑ flor só nasce em agosto, é sagrada, vive no alto, não pode ser roubada, que o sujeito é preso e não é encontrada em lugar algum! Pois me disseram que no penúltimo dia de viagem, acharam num vilarejo bucólico um quadro com um raminho seco de Edelweiss.
Em seguida, numa feira de antiguidades encontraram um quadrinho de 1950, que tinha além da ‑ or seca, os apetrechos em miniatura usados para a escalada rumo à ‑ or. E ainda trouxeram um sabonete de Edelweiss feito com leite de cabra que nem o da Cleópatra e dois pacotinhos de sementes.
É a única ‑ flor que ‑ floresce na neve. Clima ideal pra ela, este de Boston! Recebi todo esse carinho desse casal lindo que presenteou a minha alma.
Gratidão eterna!
SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos boas vinda à poderosa efervescente Edel.