Da Redação – A partir do pôr do sol deste domingo, 25, já é o ano de 5.783 para os judeus. A celebração, que segue até o pôr do sol do dia 27 de setembro, é conhecida como Rosh Hashana – que significa “Cabeça do Ano” –, o calendário judaico é diferente do calendário gregoriano, já que conta com menos dias, seguindo o chamado calendário lunar de 354 para 365 luas, ou dias, e que se iniciou no momento da criação do mundo, de acordo com a fé judaica.
O Rosh Hashana é um período de reflexão e oração, bem como de celebração e de sincero desejo de um ano novo “doce e bom”, onde espera-se que todos “sejam inscritos no livro da vida”.
O ano novo judaico também abre o período das grandes festas, onde as famílias reúnem-se para comer, beber, ouvir músicas típicas, orar, manter as tradições herdadas de geração em geração, até atingir o ápice, ao fim do Yom Kipur, o dia mais sagrado do judaísmo.
Origens e significado de Rosh Hashaná
O povo judeu dá as boas-vindas ao ano novo em setembro ou outubro, não em janeiro, em observância ao calendário hebreu lunisolar. Rosh Hashaná começa no primeiro dia de Tishri, o primeiro mês do ano civil do calendário e o sétimo mês do ano religioso.
Dado que o calendário hebraico é mais de uma semana mais curto do que o calendário gregoriano e, segundo a tradição, originou-se com a criação bíblica do universo, este feriado marcará o início do ano 5783 para os judeus em todo o mundo.
Rosh Hashaná é uma chance não apenas de celebrar e olhar para frente, mas de considerar o passado e rever o relacionamento com Deus. Também marca o primeiro dia de um período conhecido como os Dez Dias de Temor, ou Dias de Arrependimento, durante o qual as ações de uma pessoa são consideradas capazes de influenciar tanto o julgamento de Deus quanto o plano de Deus para essa pessoa. Esses dias sagrados culminam no Yom Kippur, um tempo de expiação que é considerado o dia mais sagrado do ano.
Embora o feriado seja celebrado há milhares de anos, suas origens são obscuras. A escritura judaica estabelece o mês e os dias de um festival semelhante, mas não o chama de Rosh Hashaná. Na passagem bíblica Levítico 23:24-25, Deus diz a Moisés que o povo de Israel deveria observar o primeiro dia do sétimo mês como um dia de descanso e marcá-lo com o toque de chifres.
Em algum momento, o feriado tornou-se associado ao ano novo. A primeira referência a Rosh Hashaná em um texto rabínico vem da Mishná, um texto legal judaico que data de 200 d.C.