Da Redação – Um dos assessores mais importantes de Donald Trump, Jason Miller, 49, deve ganhar um cargo na Casa Branca quando o presidente eleito dos EUA tomar posse. Ele foi detido e interrogado pela Polícia Federal em setembro de 2021, a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Jason Miller, criador da rede social Gettr, usada majoritariamente pelo público conservador foi porta-voz durante a campanha eleitoral americana que apontou o político como vencedor obtendo 312 votos do Colégio Eleitoral nessa terça-feira, 5.
Jason já havia trabalhado como assessor de Donald Trump durante a campanha de 2016 e, após as eleições, ele recusou a oferta para ocupar o cargo de diretor de comunicações da Casa Branca. Apesar disso, o fundador da Gettr retornou a cena politica como porta-voz da candidatura do republicano em 2020.
Preso a mando de Moares
O assessor de Trump foi abordado pela PF (Polícia Federal) no Aeroporto de Brasília quando estava prestes a embarcar em um voo com destino aos EUA na terça-feira, 7 de setembro de 2021. Jason foi detido pelas autoridades por determinação do ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura as “milícias digitais” no âmbito do inquérito das fake news, sob relatoria de Moraes, e que tem Bolsonaro como investigado
À época, Jason estava no Brasil para uma Conferência da Ação Política Conservadora. Conforme um relatório da PF, o assessor de Trump teria ligado para Eduardo Bolsonaro pedindo ajuda no momento em que foi abordado.
O conselheiro do republicano passou por um interrogatório e foi liberado após ficar em silêncio e pôde retomar sua viagem aos EUA posteriormente.
Interrogatório
O norte-americano diz ter se surpreendido ao ser levado para “conversa” na saída do Brasil. Em sua conta de Instagram, Miller afirmou que sua comitiva foi inquirida durante três horas. Ele foi conduzido à sala da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Brasília para ser ouvido.
“Não fomos acusados de nada de errado e eles nos disseram que ‘queriam apenas conversar’. Nós os informamos que não tínhamos nada a dizer e eventualmente fomos liberados para tomar nosso voo de volta aos EUA. Nosso objetivo segue sendo compartilhar liberdade de expressão ao redor do mundo”, publicou Jason Miller em sua rede social sobre interrogatório da PF.
*Com informações do Estadão e da Reuters