REUTERS – Uma nova versão de uma ação coletiva proposta esta semana no tribunal federal em San Francisco, segue acusando o Subway de enganar o público sobre seus produtos de atum. A novidade é que testes de laboratório mostram que eles contém proteínas animais como frango, porco e gado, e não o anunciado “100% atum”, segundo informações da Agência Reuters. O processo busca danos não especificados por fraude e violações das leis de proteção ao consumidor da Califórnia.
As advogadas Karen Dhanowa e Nilima Amin entraram com uma terceira versão de sua ação coletiva que ocorre desde janeiro no tribunal federal na Califórnia. Em resposta, o Subway disse em um comunicado que buscará a rejeição do processo “imprudente e impróprio”, chamando as alegações de “sem mérito” e dizendo que seu atum é “100% de alta qualidade” foi regulamentado estritamente nos Estados Unidos e ao redor do mundo.
Pesquisa em laboratório mostrou que atum do Subway não tem “100% atum”
A reclamação original afirmava que os produtos do atum do Subway eram “desprovidos” de atum, enquanto uma segunda contestação dizia que eles não eram capturados de forma 100% sustentável. O juiz Jon Tigar, rejeitou a segunda versão no mês passado, dizendo que os demandantes não mostraram que compraram o atum do Subway com base em alegadas declarações falsas.
O juiz não se pronunciou sobre o mérito e deu aos demandantes outra chance de apresentar seu caso, o que foi apresentado na terceira versão. O novo processo dispõe de testes feitos por um biólogo marinho de 20 amostras de atum retiradas de 20 restaurantes Subway no sul da Califórnia. O processo busca danos não especificados por fraude e violações das leis de proteção ao consumidor do estado.
Os testes detectaram que 19 amostras “não tinham sequências detectáveis de DNA de atum”, enquanto todas as 20 continham DNA detectável de carne de frango, 11 continham DNA de carne de porco e 7 continham DNA de carne de gado, contrariando a tese propagada pela rede de fast food, que diz em propagandas desde janeiro que seu atum é “100% atum”. A polêmica se torna maior porque muitas pessoas não podem comer alguns desses tipos de carne por conta de suas respectivas dietas ou por questões religiosas.
A acusação disse que os testes mostraram que o Subway rotulou erroneamente seus produtos de atum e “enganou” os consumidores para que pagassem preços especiais. A advogada Nilima Amin disse, em sua tese, que pediu sanduíches de atum da Subway mais de 100 vezes entre 2013 a 2019 e sempre verificou o menu para garantir que comeria “apenas atum”.