Da redação (COM REUTERS & G1) –
Mais dois homens foram detidos por ligação com um ataque a faca que deixou três mortos em uma igreja em Nice, na França, elevando para seis o número de pessoas detidas, enquanto os investigadores examinam os últimos contatos conhecidos do suspeito, disse uma fonte da polícia francesa.
As últimas detenções ocorreram neste sábado, disse a fonte.
O agressor, que gritava “Allahu Akbar” (Deus é o maior), decapitou uma mulher e matou duas outras pessoas em uma igreja em Nice na última quinta-feira, no segundo ataque mortal a facas com suspeita de motivação islâmica em duas semanas na França.
O suspeito, um tunisiano de 21 anos, foi baleado pela polícia e agora está em estado grave em um hospital.
As últimas detenções ligadas ao caso envolveram dois homens da cidade de Grasse, perto da costa sul da França e de Nice, informou a TV BFM.
O promotor-chefe da frente antiterrorista da França disse que o homem suspeito de realizar o ataque em Nice chegou à Europa em 20 de setembro via Lampedusa, uma ilha italiana próxima à Tunísia.
França é o país que mais sofre com o terrorismo atualmente no mundo ocidental
Nenhum país no mundo ocidental sofre tanto com o terrorismo atualmente quanto a França. Ela tem um passado de potência colonial que dominou muitos países: vários, muçulmanos.
Quem vê a seleção francesa numa Copa do Mundo enxerga facilmente essa ligação. Zidane, o maior jogador da história da França, é filho de Argelinos. Mas virar ídolo querido é exceção entre os seis milhões de franceses muçulmanos.
Nos últimos anos, a economia da França cresceu pouco, o desemprego aumentou muito e uma das consequências disso é que os imigrantes e seus descendentes passaram a ser vistos com uma certa hostilidade. As roupas, o véu das mulheres muçulmanas chamam muita atenção, mas os números não justificam tanto isso. Uma pesquisa recente mostrou que muitos franceses acham que os muçulmanos representam 30%, 40% da população da França, quando na verdade não chegam nem a 10%.