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O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (12 de setembro de 2025) que o suspeito de assassinar o influenciador conservador Charlie Kirk durante uma palestra na Universidade de Utah Valley está sob custódia, embora sem fornecer detalhes adicionais sobre a identidade ou as circunstâncias da detenção. A informação foi divulgada pelo republicano durante uma entrevista ao programa Fox & Friends, da Fox News, onde ele afirmou acreditar “com um alto grau de certeza” que se trata da pessoa procurada. No entanto, autoridades federais e estaduais, incluindo o FBI, ainda não confirmaram oficialmente a prisão, e o diretor do FBI, Kash Patel, reiterou em uma atualização breve que a investigação continua ativa, com o suspeito descrito como foragido em comunicados mais recentes.
Uma coletiva de imprensa conjunta, adiada para as 9h30 (horário do leste dos EUA), deve trazer esclarecimentos, com a participação do governador de Utah, Spencer Cox, do comissário de Segurança Pública Beau Mason, de Patel e do agente especial do FBI Robert Bohls.— Acho que, com um alto grau de certeza, o temos sob custódia — disse Trump ao canal americano, alertando que suas informações eram preliminares e que ele havia sido informado da detenção momentos antes de entrar no ar. Ele mencionou que uma pessoa próxima ao suspeito — possivelmente um ministro religioso envolvido com forças de segurança ou um familiar — o reconheceu a partir de fotos divulgadas pelo FBI e o denunciou às autoridades, levando à captura.
Anúncios de prisões importantes costumam ocorrer em coletivas de imprensa orquestradas, mas, neste caso, o presidente Trump optou por revelar a novidade na Fox News.
Um homem foi detido por volta das 23h de quinta-feira (11 de setembro), horário local, pela polícia estadual e local de Utah, de acordo com uma autoridade policial que confirmou os detalhes das declarações de Trump à Fox News. As autoridades federais não divulgaram o nome dele, porque ainda estão em processo de busca de pistas e execução de mandados de busca, de acordo com a autoridade, que pediu anonimato para discutir detalhes da investigação em andamento. Fontes iniciais, como o New York Post, especularam que o suspeito seria Tyler Robinson, 22 anos, morador de Utah, mas isso não foi corroborado por agências oficiais até o momento, e buscas recentes em veículos como The New York Times, CNN e BBC indicam que nenhuma identidade foi confirmada publicamente.
🚨 BREAKING@POTUS: “I think, with a high degree of certainty, we have him in custody.” pic.twitter.com/v7UX15Uibn
— Rapid Response 47 (@RapidResponse47) September 12, 2025
O homem que está sendo interrogado pelas autoridades como parte da investigação sobre o assassinato de Charlie Kirk foi preso em George, Utah — possivelmente uma referência a St. George, perto do Parque Nacional Zion, a cerca de 400 km a sudoeste do campus onde Kirk foi morto —, de acordo com um agente que pediu anonimato para discutir detalhes da investigação em andamento. Ele acrescentou que uma pessoa próxima ao suspeito o denunciou após reconhecer fotos que foram divulgadas. A aparente captura de uma pessoa de interesse no tiroteio de Charlie Kirk, anunciada há pouco por Trump, ocorre depois que duas pessoas já haviam sido detidas no dia do tiroteio (10 de setembro), mas posteriormente liberadas após a polícia determinar que elas não estavam envolvidas — uma delas por obstrução e invasão de propriedade. Ainda assim, Trump afirma que essa detenção mais recente parece ser “a pessoa que eles queriam”.
A recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 538 mil) oferecida pelo FBI por informações que levem à captura foi suspensa em algumas atualizações não oficiais, mas permanece ativa em comunicados federais recentes. Trump disse ainda ter conversado com a viúva de Charlie Kirk, Erika Kirk, na quinta-feira, e elogiou sua resiliência. “Ela está devastada, mas, em meio à devastação, eles querem manter o Turning Point USA [organização que Kirk liderava] — afirmou o presidente, que também anunciou planos para comparecer ao funeral de Kirk no Arizona e conceder postumamente a Medalha Presidencial da Liberdade ao ativista, a quem descreveu como “como um filho”.
O FBI anunciou na quinta-feira ter recuperado um rifle nos arredores da universidade, e a arma está passando por perícia — as autoridades policiais disseram acreditar que é a mesma utilizada pelo atirador. Além disso, uma foto e um vídeo do suspeito foram divulgados, mostrando um homem jovem (aparência de 18-25 anos), vestindo roupas pretas, boné e óculos escuros, chegando ao campus às 11h52, subindo ao telhado do Losee Center, atirando às 12h20 e fugindo para uma área arborizada. Mais de 7.000 dicas foram recebidas até agora, e o FBI trabalha para levantar o histórico de compra da arma e a identidade do dono.
Buscas de casa em casa
Segundo o agente especial Robert Bohls, designado para o caso, o FBI trabalha para levantar o histórico de compra da arma e a identidade do dono. Uma fonte com conhecimento da investigação ouvida pela CNN afirmou que o rifle estava marcado com frases relacionadas a “questões culturais”, mas ainda não está claro se isso tem relação com a motivação do crime — Trump e aliados republicanos atribuem o ataque à “retórica da esquerda radical”, sem evidências concretas divulgadas. Três autoridades consultadas pelo New York Times afirmaram que o rifle seria um antigo modelo Mauser, calibre .30-06, muito popular entre caçadores, encontrado enrolado em uma toalha na mata, com um cartucho gasto na câmara e três munições no carregador.
A arma e a munição estão sendo analisadas pelas autoridades policiais em um laboratório federal em busca de pistas que ajudem a identificar o atirador, incluindo impressões digitais e DNA. Além do rifle, os policiais recuperaram uma chave de fenda, que os investigadores acreditam ter sido usada para desmontar a arma antes de usá-la — remover a coronha ajudaria o atirador a esconder a arma em uma bolsa ou até mesmo em suas roupas.
Evidências adicionais incluem pegadas de sapatos, uma impressão de palma e marcas de antebraço no rifle abandonado.
Entenda o caso
O influenciador conservador Charlie Kirk, 31 anos, chefe da Turning Point USA (TPUSA), morreu após ser baleado no pescoço enquanto discursava em um evento no campus da Universidade de Utah Valley, em Orem, na quarta-feira (10 de setembro).
De acordo com o FBI, a polícia federal americana, um suspeito foi capturado e liberado após prestar depoimento no dia do crime, mas a caçada continua com todos os recursos mobilizados. O ataque foi condenado por representantes republicanos e democratas, como Kamala Harris e Bernie Sanders, e tratado como mais um “inaceitável” episódio de violência política nos EUA, em meio a uma onda recente que inclui tentativas contra Trump em 2024.
De acordo com uma porta-voz da universidade, Kirk foi atingido cerca de 20 minutos depois de começar a falar com os alunos e membros da comunidade no campus — um público de cerca de 3.000 pessoas em um pátio ao ar livre. Ela disse que o suspeito atirou a partir do telhado do Losee Center, um prédio a cerca de 90-200 metros de distância, e que foi realizado apenas um disparo, com o tiro vindo de um rifle de ferrolho de alto calibre.
O governador Spencer Cox classificou o incidente como “assassinato político” e indicou busca pela pena de morte. O campus permanece fechado até pelo menos 14 de setembro, e bandeiras nos EUA foram ordenadas a meio mastro por Trump. Novas atualizações são esperadas da coletiva de imprensa iminente.