O Senado dos Estados Unidos rejeitou na quinta-feira, 24, a proposta do presidente Donald Trump para pôr fi m à paralisação do governo, que entrou no 34º dia. O plano contemplava financiar todos os setores paralisados até setembro, mas incluía a exigência dos US$ 5,7 milhões no orçamento federal para a construção do muro na fronteira com o México.
A proposta recebeu 50 votos favoráveis e 47 contrários – dos 100 membros do Senado – e não os 60 necessários para fazer avançar a medida. O plano dos democratas – que contemplava financiar o governo até o dia 8, enquanto se debate sobre a segurança na fronteira e a imigração – também foi rejeitado no Senado. A proposta incluía ainda recursos para ajuda em situações de desastre, já aprovados na Câmara dos Deputados, de maioria democrata.
A paralisação, que afeta parte de departamentos e órgãos do governo federal, é a mais longa da história dos Estados Unidos, e atinge várias áreas fundamentais, como o Department of Homeland Security (DHS), FBI, Justiça e Transporte.
Na origem da paralisação está o impasse nas negociações entre Trump – que quer destinar US$ 5,7 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México, sua promessa de campanha – e a oposição democrata no Congresso, que se nega a liberar esses fundos para financiar uma obra que considera “imoral, cara e ineficaz” para combater a imigração ilegal.