JSNEws – Um grupo de sete senadores republicanos, entre eles o ex-líder da bancada no Senado, Mitch McConnell, uniu-se à oposição para apoiar a “Lei de Revisão Comercial”, um projeto que busca restringir a autoridade do presidente Donald Trump para impor tarifas. A proposta exige que o chefe do Executivo obtenha aprovação do Congresso antes de implementar tais medidas, limitando sua duração a um máximo de dois meses, a menos que o Legislativo autorize uma extensão. Além disso, o projeto concede às duas câmaras do Congresso (Câmara dos Representantes e Senado) a possibilidade de cancelar as tarifas antes desse prazo, desde que haja consenso entre elas.
A Casa Branca reagiu rapidamente, anunciando em comunicado que vetará a iniciativa, argumentando que ela restringe de forma severa os poderes presidenciais para conduzir a política externa e proteger a segurança nacional dos Estados Unidos. A administração Trump defende que a autonomia para impor tarifas é essencial para negociar acordos vantajosos e fortalecer a economia americana frente a desafios globais.
Na Câmara dos Representantes, de maioria republicana, outro projeto semelhante está em gestação. Liderada pelo representante do Nebraska, Don Bacon (Rep), conforme relatado pelo site Axios, a proposta visa dar ao Congresso o poder de bloquear tarifas presidenciais. A expectativa é que essa iniciativa seja apresentada nos próximos dias, ampliando o debate sobre o equilíbrio entre os poderes Executivo e Legislativo.
Para que qualquer uma dessas propostas se torne lei e supere um eventual veto da Casa Branca, será necessário o apoio de dois terços dos votos em ambas as câmaras, o que exigiria que mais republicanos se afastem da ala ‘Trumpista’ que domina o partido. A divisão interna reflete a tensão entre o desejo de alguns legisladores de conter medidas que consideram excessivas e o respaldo de outros à estratégia de Trump, vista como uma ferramenta eficaz para proteger os interesses nacionais.
No último dia 2 de abril, o presidente anunciou a aplicação de tarifas globais de 10%, que entraram em vigor no sábado seguinte, além de taxas mais elevadas para países como China e membros da União Europeia, previstas para começar no dia 9.
Trump assegurou que está aberto a negociações para alcançar acordos justos com nações dispostas a dialogar, mas rejeitou qualquer interrupção em sua política de tarifas durante esse processo. A postura firme do presidente é apresentada como um meio de garantir vantagens comerciais para os Estados Unidos, mesmo que enfrente resistência no Congresso.