Por: Eliana Pereira Ignacio – Olá, meus caros leitores, com a intenção de intensificar o tema felicidade, hoje quero iniciar com uma pergunta: Será que existe diferença entre felicidade e alegria? Você já parou para pensar sobre isso? Existem pessoas que acreditam que elas podem ser sinônimas, mas a verdade e que elas não são sinônimas.
É possível afirmar que a diferença entre felicidade e alegria é instrutiva. Alegria e felicidade são diferentes. A emoção é uma reação imediata a um estímulo, é algo que mexe com você e que não envolve pensamento. Já o sentimento envolve muito componente cognitivo, de percepção e avaliação de algo. Emoção é reação enquanto sentimento é construção.
Pesquisas sobre ambas as palavras e seus significados apontam que Felicidade se refere a um estado de espírito interno que independe do que acontece à nossa volta, pois podemos ser felizes mesmo quando estamos tristes, pois a tristeza é causada pelo que acontece, enquanto a felicidade está dentro de nós, pelo fato de estarmos vivos e usufruindo a vida, do jeito que for possível. A tristeza é provisória e a felicidade é permanente e, certamente, possível para todos nós.
Ser feliz é um aprendizado. Felicidade é um sentimento, que não depende do momento, porque vive no interior da alma, que pode ser agitada ou calma. Ela é um estado intrínseco, em geral associado ao bem-estar. Ela é perene, ligada a autoconfiança, serenidade, sensação de dever cumprido e um sentimento de paz interior. Seu significado não tem exatidão, a felicidade já foi tratada por inúmeros poetas, filósofos e artistas célebres que nunca chegaram a um consenso sobre sua definição. Como é ligada às emoções e as emoções são extremamente pessoais, cada um acaba conferindo sua própria tradução. Por outro lado, a alegria pode ser definida como um transbordamento da felicidade, está em geral ligada a um fato ou ação positivos.
Se pensarmos em um gráfico, os momentos de alegria gerariam picos e a felicidade se manteria numa linha mais plana. A alegria está ligada ao êxtase, é uma manifestação visível da felicidade, ela nos liga divinamente ao momento presente nos conectando ao aqui e agora. A alegria conecta pessoas, abre portas e gera a empatia. Alegria é momentânea, que sempre é viva e espontânea.
A alegria e o bom humor, podem transformar ambientes organizacionais, reuniões, entrevistas de emprego, negociações e até estimular parcerias. Como já mencionei, a alegria é uma força que acima de tudo conecta e pode nos puxar para o presente momento, onde passado e futuro por ora são deixados de lado.
É fato que ambientes organizacionais dotados de descontração geram excelentes resultados. Não é necessário que Felicidade e Alegria andem juntas. Alguém pode ser feliz e não estar alegre em determinado momento e o contrário também é verdadeiro, pois muitos manifestam picos de alegria, mas no fundo não estão exatamente felizes. Quero destacar um exemplo claro desta premissa, falando de nossa nação; nós brasileiros somos notoriamente conhecidos no mundo como um dos povos mais alegres do planeta.
Temos essa característica como símbolo nacional, ao mesmo tempo isso nos confere uma certa ingenuidade, pois a alegria excessiva acaba sempre esbarrando na sensação de superficialidade. E aí vale lembrar que tudo nessa vida tem limite, o exagero se torna um movimento não verdadeiro, podendo gerar uma vida irreal e fantasiosa. Não sei se você já havia tirado em tempo para questionar sobre como anda atuando a sua felicidade e sua alegria. Acredito que essa é uma reflexão válida pois a ativação e a manifestação de alegria e felicidade podem ser de boa serventia.
Se você anda represando suas emoções verdadeiras de contentamento com medo da opinião alheia, vale a pena tentar usar essa manifestação como meio de conexão e de propagação de energia positiva, sempre bem-vinda em todos os lugares. Parafraseando Alfred Montapert, “O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior…” mas, é válido lembrar que o equilíbrio deve estar sempre presente é ele, que nos mostra o nosso nível de saúde mental e emocional as quais nos qualifica como normais e anormais.
Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: Há maior felicidade em dar do que em receber… Atos dos Apóstolo.
Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jsnews.com