Olá, meus caros leitores, estamos vivendo em tempos difíceis onde lamentar tornou-se comum torna-se vítimas de tudo e todos muitas vezes, fazer o papel de vítima pode parecer vantajoso para quem se vitimiza. No entanto, a vitimização traz sofrimento pelos conflitos que a pessoa passa. Este mecanismo de defesa, algumas vezes torna-se um meio de manipulação dos demais, de si mesmo e das circunstâncias.
Ao vitimizar-se, a pessoa tem a intenção de poupar-se das críticas, por considerar que os demais terão compaixão com seu sofrimento dela e, assim, torna-se “vantajoso” para ela, que não receberá críticas e receberá atenções pelo seu flagelo. Contudo, o sofrimento psíquico é contundente, por vários fatores a pessoa prende-se ao negativismo e é vítima real de sua baixa auto-estima, de seu complexo de culpa, de sua prisão em fatos ruins que aconteceram no passado. Em fator de sua baixa auto-estima, procura sempre provar sua capacidade, tentando superar-se constantemente.
Tudo em sua vida é um desafio exacerbado; sempre é uma competição da qual deve sair vitoriosa para provar, para si mesma, a sua capacidade. O que para os outros seria diversão, lazer e distração, para a pessoa que sofre de vitimização é um processo estressante de ganhar ou perder. Por ser tão “competitiva” tem uma tensão que causa uma desestrutura física, emocional, mental e espiritual, imitando a realidade com pequenas ou grandes mentiras, que dispara para as pessoas, com medo de que a verdade a faça confrontar-se consigo mesma e com as demais pessoas.
Esta atitude de esquivar-se da realidade faz com que a sua carência exacerbada a coloque em situações de confronto com as ideias dos demais, pois espera que as pessoas respondam a ela segundo a sua necessidade de vitimização. Como as pessoas não estão conscientes de seu processo de vitimização, respondem da forma que consideram estar correta ou não e, muitas vezes, isto não é do agrado da pessoa que se vitimiza.
O que, de fato, ela gostaria é que o outro se sensibilizasse com seu “sofrimento”, que tivesse compaixão, que fosse muito gentil, que não fosse indiferente à dor que ela passa que, muitas vezes, só ela enxerga. Então, passa a considerar o outro ingrato, insensível, por não se condoer com o vitimizado.
Isto gera mais negatividade no pensamento, que já está alicerça do no negativismo. A insegurança aumenta, mas também a raiva, a culpa e a desorientação. A consciência de sua capacidade é fator primordial para lembrar- -se deste processo de vitimização, que é uma âncora na evolução e felicidade. Ter consciência de suas próprias capacidades é analisar racional mente todas as suas competências; isto afastará a ideia de baixa autoestima e vitimização.
Relatar para si mesmo do que se é capaz, suas próprias virtudes, como:
- – Disciplina;
- _ Gentileza;
- – Habilidades manuais;
- – Habilidades intelectuais;
- – Habilidades físicas;
- – Habilidades emocionais;
- – Habilidades mentais;
- – Habilidades espirituais;
- – Organização;
- – Desempenho e
- – Execução são fatores que enriquecem a pessoa e agregam virtudes em seu ser.
Todos têm capacidades e virtudes é só discorrer sobre elas que se verá quantas são as que não se considerava ser parte do seu ser. Viver o presente é outra condição para fugir da vitimização. Estar ligado às coisas negativas que ocorreram no passado faz com que a pessoa remoa todo um sofrimento quando, de fato, deveria aprender com os acontecimentos que já foram e não podem mover a vida para um futuro promissor.
O caso é que a pessoa que se vitimiza põe a culpa em acontecimentos e pessoas que um dia as magoaram. O que resolve isto? Em nada pode favorecer a vida as energias negativas.
O ditado “se a vida te der um limão, faça uma limonada” não significa ficar lambendo o limão para sentir a sua acidez; isto não é o melhor a fazer por si mesmo. Perdoar é um fator que impede a vitimização. Traz tranquilidade, principalmente para quem perdoa. O perdão que é dado significa a compreensão da humanidade de cada um de nós, propensos a cometer erros, pois estamos aprendendo com a vida e é normal que nos equivocarmos, mas é anormal que não queiramos viver em paz conosco e com os demais. É necessário esforços para conquistar a tranquilidade. Mas, principalmente, se necessita querer! Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado”.
2 Crônicas 15:7 Até a próxima semana!
Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualifi cações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jsnewsusa.com