JSNEWs – Um homem identificado como Luigi Mangione, 26 anos, foi detido pela polícia dos Estados Unidos como suspeito do assassinato do CEO da United Healthcare, Brian Thompson. Segundo informações do jornal The New York Times, Mangione foi reconhecido por clientes em um McDonalds na cidade de Altoona, na Pensilvânia, e levado para interrogatório nesta segunda-feira (9/12).
O suspeito foi encontrado com uma arma, um silenciador, documentos falsos e um manifesto criticando empresas de saúde por priorizarem o lucro. Mangione não foi formalmente acusado pelo assassinato, mas enfrenta acusações locais por portar identificação falsa. Ele precisará ser extraditado para Nova York a fim de responder a possíveis acusações relacionadas ao crime.
Brian Thompson foi morto na última quarta-feira (4/12) por um atirador mascarado na frente do hotel Midtown Manhattan, onde a câmera de segurança do local registrou a fuga do assassino. Thompson liderava uma seguradora de saúde alvo de críticas por negar autorizações de tratamentos médicos.
O suspeito chegou em Nova York 10 dias antes do crime e usou identidades falsas para se hospedar em um hotel. A fuga da cena do crime inclui rotas por locais com pouca vigilância, como o Central Park. Cápsulas de bala no local do crime exibiam as palavras “defend”, “deny” e “depose” (defender, negar e depor), possivelmente ligadas a críticas às seguradoras de saúde.
Quem é Luigi Mangione
Segundo o New York Post, Luigi Mangione é um ativista anticapitalista na internet e costumava faz citações do terrorista Ted Kaczynski, conhecido como “Unabomber”.
Sua página no LinkedIn indica que Mangione recebeu um bacharelado em engenharia, ciência da computação e da informação, bem como um mestrado nessas áreas na Universidade da Pensilvânia, em 2020.
Antes de seu tempo na Penn State, ele se formou na Gilman School, em Baltimore, onde foi orador da turma, de acordo com seu perfil. No perfil, ele se identifica como engenheiro de dados da empresa TrueCar, mas essa informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.
O manifesto consistia em duas páginas e meia que refletiam as citações que Mangione postou em sua conta no Goodreads do o infame “Unabomber” que aterrorizou o país por quase duas décadas plantando bombas mortais antes de ser preso em 1996..
Ainda segundo as fontes, Mangione tinha um motivo particularmente pessoal para odiar a comunidade médica – o tratamento de um parente doente. Obituários online mostram que ele perdeu uma avó em 2013 e um avô em 2017.
Sua página no LinkedIn mostra ainda que ele já trabalhou em uma casa de repouso para idosos por alguns meses em 2014, enquanto ainda estava no ensino médio.