AP – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta segunda-feira seu homólogo colombiano, Iván Duque, de liderar uma ação militar contra seu governo, e prometeu armar “até os dentes” 1,6 milhão de civis.
“Ele (Duque) pessoalmente dirige a preparação de ações contra a Venezuela, denuncio isto ao mundo. Age com o apoio e o financiamento da Casa Branca”, disse Maduro durante parada militar para recordar a morte de Simón Bolívar, em 1830, e a criação da Milícia Bolivariana, em 2009.
“Nós não nos metemos com ninguém, Iván Duque, mas você será o responsável se algum dia a Colômbia agredir militarmente a Venezuela. Que o nosso povo e o povo colombiano saibam disso”, advertiu Maduro no Forte Tiuna.
“Por tua ambição, por teu egoísmo, por teu ódio contra a Venezuela, por tua imaturidade, não está preparado para ser (…) presidente da Colômbia”, declarou Maduro sobre Santos.
Maduro tem elevado o tom contra Estados Unidos, Colômbia e Brasil, países que acusa de colocar em andamento um plano para derrubá-lo ou assassiná-lo, enquanto se alista para iniciar um segundo mandato, a partir de 10 de janeiro, cuja legitimidade é questiona pela maior parte da comunidade internacional.
Segundo Caracas, o complô inclui o treinamento de tropas nos Estados Unidos para tomar bases militares na Venezuela, e de mercenários na Colômbia para simular ataques de tropas venezuelanas aos países vizinhos.
Para repelir qualquer incursão, Maduro ordenou armar “até os dentes a Milícia” e tornar a Venezuela “inexpugnável”.
O presidente destacou que este corpo civil auxiliar dos militares passou de 500 mil para 1,6 milhão de membros desde abril passado.
“Temos que fazer um bom investimento para garantir seu acesso a (…) fuzis, mísseis e tanques”, disse Maduro, antes de afirmar que “os imperialistas não sairão vivos daqui”.