JSNEWs – Todd Lyons, Ex-Diretor do Escritório de Operação e Execução (ERO) do Departamento de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) em Boston, foi promovido para diretor interino do ICE em nível nacional, conforme anunciado pela Secretária de Segurança Interna dos EUA (DHS), Kristi Noem. A promoção foi divulgada em uma entrevista na CBS nesse domingo, 09, e posteriormente nas redes sociais.
Além da promoção de Lyons, Noem nomeou Madison Sheahan, ex-assessora em seu gabinete, como Diretora Adjunta Interina. Lyons, que iniciou sua carreira no ICE em 2007 como Agente de Operações de Remoção em Dallas, já liderava as operações de remoção do ICE em Boston sob o governo Biden e, em fevereiro, assumiu a direção das operações de remoção da agência em âmbito nacional.
Como diretor do escritório de campo do ICE em Boston, Lyons era responsável pelas operações de remoção e aplicação da lei em toda a Nova Inglaterra. Sua promoção ocorre após a substituição de Caleb Vitello, ex-diretor interino do ICE, que foi rebaixado a um cargo não administrativo em 21 de fevereiro, diante de rumores de que o ritmo das remoções de imigrantes não atendia às expectativas da administração Trump.
Historicamente, o diretor do ICE deveria ser confirmado pelo Senado dos EUA, mas a agência raramente contou com um diretor permanente. Desde que o cargo foi renomeado em 2010, apenas Sarah Saldaña, indicada por Barack Obama e confirmada em 2014, teve essa aprovação. Durante o primeiro mandato de Trump, o ICE passou por nove diretores interinos, muitos com mandatos extremamente curtos. As nomeações oficiais de Trump, como Tom Homan e Ronald Vitiello, não concluíram o processo de confirmação.
For the past four years, our brave men and women of ICE were barred from doing their jobs—ICE needs a culture of accountability that it has been starved of under the Biden Administration.
With President Trump’s support, I am appointing new ICE leadership to deliver results that… pic.twitter.com/cI8MNHLzEK
— Secretary Kristi Noem (@Sec_Noem) March 9, 2025
O último diretor interino de Trump, Tae Johnson, continuou no cargo sob o governo Biden por mais de dois anos, ultrapassando o limite de 300 dias estabelecido pela Lei de Reforma de Vagas Federais de 1998. Ed Gonzalez, indicado por Biden para assumir o cargo permanentemente, retirou-se da nomeação após rumores de estar envolvido um incidente de violência doméstica, que foi negado tanto por ele quanto por sua esposa.
A administração Trump atribuiu a redução no número de imigrantes ilegais tentando entrar no país a sua política de endurecimento nas fronteiras e aumento da fiscalização. Segundo o presidente, as apreensões pela Patrulha de Fronteira na fronteira EUA-México atingiram números historicamente baixos, com detidos rapidamente deportados ou processados judicialmente, o que teria resultado na suposta “invasão” ao país estar “terminada”.
Desde o início da nova administração Trump, segundo Noem, os agentes do ICE, da Patrulha de Fronteira e da Guarda Costeira foram encorajados a agir com mais autonomia, o que teria levado ao aumento nas prisões de criminosos e fugitivos e à queda nos encontros diários na fronteira.
Para reforçar a segurança interna, Noem anunciou o aumento de testes de detector de mentiras em funcionários, após a prisão de dois agentes acusados de vazar informações operacionais para a mídia. Os detidos podem enfrentar até 10 anos de prisão federal, reforçando a postura rigorosa da administração atual em relação à proteção de informações sensíveis e à execução de operações de fiscalização imigratória.