REUTERS – Lenda do futebol americano e amigo de longa data de Donald Trump, Tom Brady deu uma gentil cutucada no ex-presidente e em suas acusações falsas de fraude eleitoral durante visita à Casa Branca nesta terça-feira.
O quarterback de 43 anos compareceu ao lado dos seus companheiros do Tampa Bay Buccaneers na Casa Branca nesta terça-feira para comemorar a vitória no Superbowl com o presidente Joe Biden.
Com um terno escuro e óculos de sol, Brady assistiu a Biden celebrar o time que venceu o Kansas City Chiefs na decisão de 7 de fevereiro, o primeiro Superbowl de Brady com Tampa Bay, após vencer seis com o New England Patriots.
Brady assumiu o púlpito e, sem mencionar Trump pelo nome, brincou sobre as acusações sem fundamentos do ex-presidente de fraude eleitoral no pleito de 2020, que convenceram muitos republicanos de que Biden não venceu a eleição, e da maneira como o Trump se referia a Biden como “Sleepy Joe” (“Joe com sono”, em tradução livre).
Brady disse que o desempenho do seu time melhorou após começar a temporada da liga nacional de futebol americano (NFL) do ano passado com sete vitórias e cinco derrotas.
“Encontramos nosso ritmo, embalamos”, disse Brady. “Poucas pessoas, sabe, acharam que poderíamos vencer. Cerca de 40% das pessoas ainda acha que não vencemos”. “Entendeu essa, senhor presidente?”, Brady perguntou a Biden.
“Eu entendi essa”, disse Biden, entre risadas.
“E pessoalmente para mim foi legal estar aqui novamente. Tivemos um jogo em Chicago em que esqueci em qual descida eu estava. Perdi a contagem das descidas uma vez em 21 anos no esporte. E eles começaram a me chamar de ‘Sleepy Tom’. Por que fariam isso comigo?”, disse o sorridente Brady, entre mais risadas.
Brady tem uma relação de altos e baixos com Trump. Ele o teria apoiado na eleição de 2016, mas discordou das suas críticas em 2017 a jogadores da NFL se ajoelhando durante o hino nacional, entre outros assuntos.
A visita dos Bucs foi a primeira vez que um campeão do Superbowl visitou a Casa Branca desde 2017, com Biden defendendo a união dos Estados Unidos após uma eleição que dividiu o país. O presidente recebeu uma camiseta dos Buccaneers com o número 46, pois é o 46º presidente dos EUA.
(Por Nandita Bose, Jeff Mason, Doina Chiacu e Susan Heavey)