JSNEWS – As autoridades sanitárias de Massachusetts estão cada vez mais preocupados com o uso de tranquilizantes de uso veterinário contendo Xilazina sendo usada para sedação, anestesia e relaxamento muscular em animais como cavalos e bovinos. Embora não seja um opioide ela está sendo detectada em amostras de drogas apreendidas em quase todas as cidades de Massachusetts.
A adição da Xilazina outras drogas visam a aumentar os efeitos entorpecedor ou mesmo prolongá-los, já a experiência de uma pessoa ao tomar uma mistura de uma droga combinada com Xilazina foi descrita como duradoura, intensa, em alguns casos, mortal.
Quando ministrado em seres humanos em alta dosagem ou em dosagens continuadas, a droga causa feridas, infecções e amputação dos tecidos moles devido a necrose.
O Massachusetts Drug Supply Data Stream descreve a droga como um “sedativo não opioide de longa duração que pode causar falta de resposta, inconsciência, baixo açúcar no sangue, pressão arterial baixa, ritmo cardíaco lento e respiração reduzida”.
O Instituto Nacional de Abuso de Drogas tem ligado a Xilazina a um número crescente de mortes por overdose em todo o país, e o maior impacto tem sido visto no Nordeste dos Estados Unidos.
Medicamentos usados para tratamento de overdoses por opioides como o Narcan, não tem efeito sobre a Xilazina.
O rastreamento de dados sobre o fornecimento de drogas em Massachusetts descobriu que 28 % das amostras das drogas apreendidas nas ruas e em diferentes partes do estado, testaram positivo para Xilazina em junho deste ano.
“Estamos tentando rastrear a Xilazina à medida que ela se infiltra em todo o estado para ajudar a preparar programas comunitários e alertar usuários que usam drogas para se manterem seguros”, disse Traci Green, da Brandeis Opioid Policy Research Collaborative.
Os profissionais de saúde do Boston Medical Center e do Mass General Hospital disserama imprensa local que notaram um padrão de overdoses recentes que são menos responsivas ao Narcan ou não respondem ao Narcan.
Os hospitais locais não têm atualmente a capacidade de tratar overdoses por Xilazina havendo dificuldade para identificar quantas overdoses estão sendo causadas por ela.
“Não temos teste para Xilazina, e ela não aparece em nossa toxicologia. Isso é algo que esperamos ter no futuro para informar as pessoas sobre um o tratamento eficaz”, disse a Dra Laura Kehoe, diretora médica da Hospital Geral de Massachusetts.
A Xilazina foi detectada primeiramente em Porto Rico e depois na Filadélfia, onde foi encontrada em 91 % das amostras de opioides apreendidos no ano passado.