Da Redação – Em seu primeiro dia de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma série de ordens executivas. Uma delas impôs o congelamento geral nas contratações do governo e ordenou que os funcionários federais retornem ao escritório em tempo integral, acabando com o home office.
A ordem de congelamento de contratações, que entra em vigor imediatamente, proíbe todas as agências e departamentos de preencherem vagas existentes, exigindo que utilizem melhor os recursos humanos e financeiros disponíveis para aprimorar os serviços públicos. No entanto, as áreas de defesa, imigração, segurança pública e segurança nacional estão isentas dessa determinação.
“Ao implementar este memorando, os chefes dos departamentos e agências executivas devem buscar o uso eficiente do pessoal e dos fundos existentes para melhorar os serviços públicos e sua entrega”, diz um trecho da ordem executiva.
Ainda segundo o texto, nos próximos 90 dias, o Escritório de Gestão e Orçamento (OMB), em parceria com o Escritório de Gestão de Pessoal e o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), apresentará um plano para reduzir o tamanho da força de trabalho federal. A DOGE é liderada por Elon Musk.
O memorando de Trump especifica que os atuais acordos coletivos não serão revogados. No entanto, a Federação Americana de Empregados do Governo, representada por Everett Kelley, criticou as medidas. Em nota ao site Politico, Kelley disse que a ação “não é sobre fazer o governo federal funcionar de forma mais eficiente, mas sim sobre semear o caos e mirar em um grupo de americanos patriotas que o presidente Trump abertamente chama de corruptos e desonestos”.
Fim do home office
Adicionalmente, Trump ordenou que todas as agências suspendam imediatamente o trabalho remoto e exijam que os funcionários retornem aos seus postos em tempo integral. A medida afeta cerca de 1 milhão de trabalhadores.
“Os chefes de todos os departamentos e agências do Poder Executivo do governo devem, o mais rápido possível, tomar todas as medidas necessárias para encerrar os acordos de trabalho remoto e exigir que os funcionários retornem ao trabalho presencial em seus respectivos locais de trabalho em tempo integral”, diz o decreto.
“Os cidadãos americanos merecem uma força de trabalho federal excelente e eficiente que atraia o mais alto calibre de servidores públicos comprometidos em alcançar a liberdade, prosperidade e governo democrático que nossa Constituição promove. Mas as práticas atuais de contratação federal são quebradas, insulares e ultrapassadas. Elas não se concentram mais em mérito, habilidade prática e dedicação à nossa Constituição”, frisa a ordem executiva.