Um tribunal federal de Washington D. C. reiniciou na quinta-feira, 14, o processo contra o presidente Donald Trump por ter lucrado com o cargo público valendo-se de um de seus hotéis de luxo. A denúncia estava congelada desde dezembro de 2019.
A acusação, feita pelo estado de Maryland e pelo Distrito de Columbia, alega que Trump violou a Constituição e foi corrupto ao aceitar lucros com a hospedagem de autoridades estrangeiras e americanas no Trump International Hotel, em Washington.
A poucos quarteirões da Casa Branca, o hotel tornou-se um concorrido ponto para políticos depois de reabrir em 2016, pouco antes do republicano se eleger presidente. Os 15 juízes da 4ª Corte de Apelação votaram contra a petição de Trump para que o processo fosse rejeitado, apesar da imunidade inerente ao cargo de presidente.
A decisão pode impulsionar os esforços para obter registros financeiros do hotel, mostrando quanto governos estaduais e estrangeiros pagaram à Organização Trump por hospedagem e realização de eventos. Um juiz de primeira instância havia aprovado mais de três dúzias de intimações emitidas à administração do hotel e a agências governamentais, mas foram suspensas enquanto a apelação do presidente estava pendente.