JSNews – Em pronunciamento na Casa Branca na terça-feira à noite, o Presidente Donald Trump expressou frustração com decisões judiciais que dificultam a implementação de sua agenda de imigração, centrada na deportação de indivíduos que ele descreve como perigosos para a sociedade americana.
Trump destacou os avanços de sua administração no fortalecimento da segurança fronteiriça e na redução da imigração ilegal, afirmando que “praticamente não há mais entradas ilegais no país”. Contudo, alertou que certas decisões judiciais ameaçam os esforços para proteger a nação. “Espero que os tribunais colaborem, pois temos milhares de pessoas prontas para serem deportadas, e não é viável realizar julgamentos para cada uma delas. O sistema não foi projetado para isso”, declarou, sugerindo que tais exigências carecem de embasamento legal claro.
A administração Trump considera logisticamente inviável julgar individualmente milhões de casos de imigração, uma preocupação que, segundo o presidente, foi reconhecida, mas ignorada, pela administração anterior.
Trump argumenta que a demora nos processos judiciais permite que indivíduos que cruzaram a fronteira ilegalmente permaneçam nos Estados Unidos indefinidamente, potencialmente representando riscos à segurança, uma situação que ele atribui a decisões judiciais influenciadas, em sua visão, por motivações políticas. Embora os tribunais defendam a necessidade de garantias processuais, o presidente insiste que tais exigências comprometem a celeridade necessária para proteger a nação.
Desde seu retorno à Presidência em janeiro, a administração Trump enfrentou centenas de ações judiciais contra suas ordens executivas, algumas resultando em liminares nacionais. Um caso emblemático será julgado pela Suprema Corte em 15 de maio, envolvendo três juízes federais que bloquearam uma ordem executiva de Trump que buscava encerrar a cidadania automática por nascimento para filhos de imigrantes indocumentados. Em 15 de março, o juiz distrital James Boasberg emitiu uma decisão temporária que impede o uso da Lei de Inimigos Estrangeiros para deportar imigrantes indocumentados, membros de gangues criminosas, para El Salvador.
O presidente advertiu que decisões judiciais que retardam as deportações podem comprometer a segurança nacional. Ele alegou que, durante a administração anterior, “centenas de milhares de pessoas cruzaram a fronteira ilegalmente”, acrescentando que julgar cada caso individualmente é uma tarefa que pode levar anos, tornando os Estados Unidos, em sua visão, um país mais perigoso para seus cidadãos.
A fala de Trump reflete a determinação de sua administração em avançar com uma agenda de imigração que enfrenta resistência judicial e especulações midiáticas. Suas críticas aos tribunais evidenciam a tensão entre a implementação de sua agenda política, respaldada pelas urnas, e as garantias processuais exigidas pelo sistema jurídico, e que segundo ele, estão politicamente motivadas.