JCEditores – Donald Trump renovou suas criticas ao ex-presidente Joe Biden neste domingo (16), ao afirmar que este delegava a um ‘autopen’ — uma máquina que replica assinaturas — a tarefa de rubricar documentos oficiais do governo. Na rede Truth, Trump exibiu uma montagem em que a foto oficial de Biden foi trocada pelo de uma máquina assinando seu nome, um toque de humor que, convenhamos, exige certa criatividade. O postagem ganhou notoriedade ao ser compartilhada nos perfis da Casa Branca e do POTUS no Instagram.
Na sexta-feira (14), Trump já havia afirmado: “O verdadeiro presidente durante os anos Biden foi quem controlou o autopen”, uma ironia que sugere que o comando da nação talvez tenha escapado das mãos trêmulas de Biden para os circuitos de uma engenhoca.
Em uma aparição na Fox News dessa quinta-feira (13), o presidente classificou Biden como “incompetente” e lamentou que ele precisasse valer-se do dispositivo de uso comum entre celebridades que autografam ‘souvenirs’, porem, ara Trump, não deveriam ser usados por líderes que assinam pelo destino de uma nação. “São documentos importantes, algo que você assina com orgulho”, declarou Trump, “mas quase tudo foi obra dessa máquina. Isso nunca deveria ter acontecido”. A crítica remete a uma época em que presidentes tinham energia suficiente para empunhar uma caneta.
O caso ganhou contornos mais sérios com o relatório do Oversight Project, vinculado à Heritage Foundation, que revelou que a vasta maioria dos documentos de Biden foi ‘carimbada’ pelo ‘autopen’, exceto, curiosamente, a carta de retirada da disputa de 2024 —” talvez o único momento em que ele se lembrou de pegar a caneta”, disse Trump. “Quem controlava o autopen controlava a presidência”.
Trump cita o presidente da Câmara, Mike Johnson, que disse em certa ocasião de que Biden não recordou de uma ordem executiva sobre o uso de gás natural liquefeito, insinuando que tal medida teria sido assinada por uma maquina a revelia do ex-presidente.
Juristas já especulam sobre as consequências
O procurador-geral do Missouri, Andrew Bailey, pediu ao Departamento de Justiça (DOJ) que investigue se o alegado declínio cognitivo de Biden permitiu que assessores anônimos governassem o país por trás do ‘autopen’.
Se confirmado que ordens executivas e indultos teriam sido ‘carimbadas’ por uma maquina que imita assinaturas, essas poderiam ser considerados nulas. O uso do ‘autopen‘, uma prática vista durante o governo Obama e do próprio Trump, aqui ganha ares de escândalo, não pelo uso do dispositivo que assina documentos, mas pelo homem que, segundo os críticos, mal sabia ligá-la.