Da Redação – Como parte de sua defesa por deportações em massa, o presidente Donald Trump alega que os Estados Unidos foram invadidos por 21 milhões de imigrantes indocumentados, afirmando que “muitos” são assassinos e criminosos de alto calibre.
“Nosso país foi INVADIDO por 21 milhões de imigrantes ilegais, muitos dos quais são assassinos e criminosos da pior espécie”, declarou o presidente sem apresentar evidências. Trump usa esse argumento para justificar seu plano de deportações em massa e chega a chamar o sistema judicial americano de “incompetente”.
“Se não nos permitirem expulsá-los devido a um sistema judicial radicalizado e incompetente, os Estados Unidos se tornarão rapidamente e violentamente uma nação de terceiro mundo, assolada por crimes, que nunca mais verá a grandeza”, afirmou Trump. “Nossos advogados deveriam declarar esse FATO ao comparecer perante a Suprema Corte dos Estados Unidos e todos os outros tribunais.”
Trump reforçou que venceu a eleição presidencial de 2024 com o que descreveu como uma “maioria esmagadora”.
“Fui eleito por uma maioria esmagadora, venci os sete estados-chave, conquistei 312 votos no Colégio Eleitoral, ganhei 2.750 dos 525 distritos e venci facilmente o voto popular”, disse. “Devo ser autorizado a exercer o cargo para o qual fui eleito. Caso contrário, não teremos mais um país. FAÇAMOS OS ESTADOS UNIDOS GRANDES NOVAMENTE!!!”
A mensagem do presidente, publicada em sua plataforma Truth Social, vem dias antes de novas ações para manter o plano de deportações em massa em andamento.
Na semana passada, a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, esquivou-se de responder com um “sim” ou “não” durante uma audiência na Câmara dos Representantes sobre se todas as pessoas nos EUA têm direito ao devido processo legal.
A deputada democrata Lauren Underwood (Illinois) perguntou a Noem se ela acreditava que a Constituição garantia o devido processo a todas as pessoas nos Estados Unidos, mas a secretária recusou-se repetidamente a responder de forma direta.
“Senhora, estou tentando determinar seu entendimento da lei aplicável ao seu departamento, e a senhora, como sua líder, deveria ser capaz de nos dar uma resposta afirmativa ou negativa, porque juiz após juiz determinou que a lei não está sendo cumprida”, afirmou Underwood.
Também na semana passada, o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) considerou “obsoletas” as proteções exigidas no processamento de imigrantes grávidas, crianças, pessoas doentes e idosos atendidos pela Patrulha de Fronteira.
“Foi determinado que as seguintes políticas são obsoletas ou não estão alinhadas com as diretrizes atuais da Agência e as prioridades de controle migratório”, indica o memorando emitido por Pete Flores, comissário interino do CBP, cuja agência também intensificou as revisões de viajantes.