Da Redação – A inteligência ucraniana disse que identificou o comandante russo que dirigiu os ataques ao distrito de Bucha, que deixou mais de 400 civis mortos, incluindo crianças. O militar é Azatbek Omurbekov, que lidera o 64ª Brigada Armada Motorizada. A informação sãos dos jornais britânicos The Times e do tabloide Mirror.
Situada a 30 quilômetros a noroeste do centro de Kiev, Bucha estava ocupada pelo exército invasor desde 27 de fevereiro e com o fim do bombardeios em 31 de março, as forças ucranianas conseguiram ocupar o distrito.
Líderes têm pedido pela responsabilização do Kremlin pelo massacre. Evidências apontam para outros crimes além das execuções, como o estupro de mulheres e crianças. A situação deve ser levada ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Após a revelação do ocorrido em Bucha, Zelensky acusou Moscou de cometer “genocídio real”. O chefe de gabinete da presidência da Ucrânia afirmou que serão levadas “todas as evidências” para o conselho.
O ontem, logo após as imagens do suposto massacre serem publicadas pela imprensa internacional, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Vladimir Putin deve ser julgado por crimes de guerra e defendeu mais sanções contra a Rússia.
O Massacre
Dias após o presidente da Rússia ordenar a invasão à Ucrânia, uma coluna de tanques russos e veículos blindados de transporte que havia chegado a Bucha foi atacada por ucranianos, impedindo o avanço até iniciarem a retirada em 30 de março.
Muitos civis fugiram com a chegada das tropas invasoras, mas nem todos conseguiram foi durante este período que, de acordo com testemunhas, os russos começaram a ir de casa em casa passando a cometer uma serie de abusos conforme alega os ucranianos, e de acordo com esses relatos, soldados russos atiravam nas pessoas que tentavam.
Autoridades e repórteres que entraram depois que os russos saíram viram tanques e os veículos blindados ao lado de pelo menos 20 homens mortos nas ruas.
Muitos tinham ferimentos extensos, alguns foram baleados na têmpora, uma marca comum em casos de execução enquanto outros estavam com as mãos ou as pernas amarradas. Outros ainda foram claramente esmagados por tanques.
Imagens de satélite mostram uma vala comum de 14 metros em Bucha, perto de uma igreja.