Da Redação – A Universidade de Harvard alertou os manifestantes nesta segunda-feira (6) que os envolvidos no acampamento pró-Palestina no campus podem sofrer “licença involuntária”, ou seja, serem suspensos. Assim, eles não podem perder exames.
“Escrevo hoje com esta mensagem simples: a continuação do acampamento apresenta um risco significativo para o ambiente educacional da Universidade”, escreveu Alan Garber, presidente interino de Harvard, em e-mail para a comunidade escolar.
“Aqueles que participarem ou perpetuarem sua continuação serão encaminhados para licença involuntária de suas escolas”, disse.
Os estudantes colocados em licença involuntária podem não conseguir fazer exames. Além disso, não podem residir em alojamentos em Harvard e “devem deixar de estar presentes no campus até serem reintegrados”, explicou o presidente interino de Harvard.
Os manifestantes montaram um acampamento em Harvard há quase duas semanas, apesar dos esforços da universidade para evitar um protesto em grande escala.
Entretanto, Garber não ameaçou explicitamente nesta segunda pedir a intervenção das autoridades, algo que aconteceu em outras universidades nas últimas semanas.
O presidente interino ressaltou que as autoridades estão “especialmente preocupadas com os crescentes relatos de que algumas pessoas dentro do acampamento e algumas que o apoiam intimidaram e assediaram outros membros de nossa comunidade”.
Ele destacou que funcionários de Harvard que pediram para ver as identidades dos manifestantes foram alvo de gritos de apoiadores, que “tentaram cercá-los”.
“Também recebemos relatos de que transeuntes foram confrontados, vigiados e seguidos. Tais ações são indefensáveis e inaceitáveis”, advertiu.
Garber afirmou anteriormente que Harvard só pediria a intervenção da polícia caso a situação fique insustentável.