REUTERS – A campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a vender camisetas com o slogan “Preencha Aquela Vaga”, e seu Partido Republicano está alardeando o presidente dos Estados Unidos como alguém que escolhe juristas do “Estado de Direito”.
Já os democratas estão dizendo aos eleitores que a escolha de um membro conservador para o tribunal mais importante do país terá um impacto devastador em uma gama de questões sociais, incluindo o acesso à saúde e os direitos das mulheres.
A vaga surgida na Suprema Corte após a morte de Ruth Bader Ginsburg na sexta-feira se tornou um grito de guerra para as eleições de novembro, já que a perspectiva de uma maioria conservadora de 6 a 3 está impulsionando os eleitores em uma disputa já tensionada por divisões.
Vendo poucas opções para impedir Trump de indicar um substituto para Ginsburg até sábado e um cronograma nebuloso para reações legislativas quando ou se uma votação para a corte ocorrer antes de 3 de novembro, os democratas disseram que usarão a questão para mobilizar seus apoiadores.
“Incentivaremos o povo americano a se unir a nós nesta luta apontando as consequências danosas de se preencher a corte de ideólogos de direita”, disse o senador democrata Chris Van Hollen, de Maryland.
Um estrategista democrata veterano do Estado de Wisconsin, um dos mais importantes na disputa eleitoral dos EUA, disse que uma mensagem central aos eleitores locais será que, independentemente do que acontecer com a vaga de Ginsburg, eles precisam escolher democratas de uma ponta a outra das cédulas se quiserem proteger a Lei de Cuidados Acessíveis, também conhecida como Obamacare.
A Suprema Corte deve ouvir argumentações de uma ação civil liderada por republicanos que visa descartar a legislação uma semana antes da eleição de 3 de novembro, inclusive cláusulas que garantem cobertura a pessoas com doenças preexistentes.