A menos de três semanas para o dia da eleição, cerca de 15 milhões de americanos já votaram na disputa presidencial. Com a participação surpreendente, apesar das restrições impostas pela pandemia, há a perspectiva de que, pela primeira vez na história dos EUA, a maioria dos eleitores vote antes do dia 3 de novembro, data oficial da votação. A quantidade de gente que votou até agora equivale a cerca de 10% do comparecimento às urnas em 2016.
Na Carolina do Norte, um em cada cinco eleitores que já votou pelo correio até agora não havia participado da eleição de 2016. Em Michigan, mais de 1 milhão – em torno de um quarto do comparecimento total em 2016 – já votou. As autoridades eleitorais de todo o país relataram um recorde de comparecimento precoce, o que significa que mais resultados poderiam estar disponíveis na noite da eleição do que se imaginava.
Até agora, grande parte da votação antecipada parece ser motivada por um entusiasmo elevado entre os democratas. Um levantamento do jornal Washington Post aponta que dos cerca de 3,5 milhões de eleitores que votaram em seis Estados, os democratas registrados superam os republicanos em cerca de 2 para 1, de acordo com números de Flórida, Iowa, Maine, Kentucky, Carolina do Norte e Pensilvânia.
Os republicanos dizem que o grande comparecimento até agora mostra que os votos democratas estão chegando mais cedo, mas não serão em maior número no final. A campanha de Trump disse que Biden pode ganhar na votação antecipada, mas que o presidente vai superá-lo no dia da eleição.