ESTADO – A mulher que aplicou doses de supostas vacinas contra a COVID-19 em empresários de Belo Horizonte, em uma garagem de ônibus no Bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital mineira, foi presa pela Polícia Federal (PF) na noite dessa terça-feira (30/03). Ela foi autuada no Artigo 273 do Código Penal, que trata de falsificação e adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.
Horas antes da prisão, agentes da PF foram até a casa da mulher, que mora com o filho e que também é investigado no caso da vacinação irregular de empresários em Belo Horizonte. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido em uma clínica. Vários materiais foram recolhidos nos locais, como seringas, agulhas, cartões de vacinação, entre outros. Frascos com substância análoga a soro também foram encontrados, o que levanta a hipótese de as doses aplicadas serem falsas.
Os materiais apreendidos durante o cumprimento dos mandados, segundo a Polícia Federal, estão sendo periciados para identificação da substância exata. Outra hipótese investigada pela instituição é de as doses terem sido desviadas do Ministério da Saúde. A importação ilegal dos imunizantes também não está descartada.
Após o depoimento do trio, a mulher foi encaminhada para a penitenciária Estevão Pinto, na Região Leste de Belo Horizonte. Se condenada, ela poderá cumprir até 15 anos de reclusão. Os dois homens foram liberados e voltarão a ser ouvidos. Também haverá oitiva das pessoas que teriam sido vacinadas pela mulher e demais que a teriam indicado para terceiros.