JSNEws – O Conselho Municipal de Boston aprovou medidas de apoio às comunidades imigrantes enquanto a prefeita Michelle Wu enfrentava, em Washington, questionamentos sobre as políticas de santuário da cidade nessa quarta-feira, 6 de março de 2025.
O Conselho respaldou uma legislação estadual que amplia as proteções aos imigrantes em situação irregular ameaçados de deportação, vedando que autoridades locais sejam convertidas em agentes de imigração. Ademais, foi repudiada a revogação, pelo governo Trump, do estatuto de proteção temporária conferido a haitianos, venezuelanos e outras comunidades.
Após um ato público em defesa do estatuto de cidade-santuário, liderado por conselheiros, foram aprovadas resoluções que endossam três projetos estaduais: o primeiro proíbe a polícia de investigar o estatuto migratório sem consentimento; o segundo institui um fundo para serviços jurídicos a imigrantes e refugiados; e o terceiro impede a colaboração voluntária de entidades locais com autoridades federais .
A tensão se intensificou quando a conselheira Liz Breadon (Dem.), imigrante da Irlanda do Norte, relatou a detenção de um pai “indocumentado” por agentes da ICE. “Ele, um carpinteiro a caminho do trabalho, foi removido do estado, deixando duas filhas adolescentes”.
Breadon defendeu o imigrante alegando que se tratava de um trabalhador, não de um criminoso, oriundo de um dos países mais violentos do mundo.
Catherine Vitale (Rep.), por sua vez, interrompeu a sessão, questionando a proteção a supostos criminosos pelas politicas de Santuário, e comentou sobre um caso recente, de um pai, preso e acusado de estuprar a filha em um abrigo para imigrante mantido pelo Estado.
Diante disso, Ruthzee Louijeune (Dem.) que presidia o conselho, ordenou a retirada de Vitale do recinto pela polícia.
Por fim, sem outras interrupções, o conselho aprovou unanimemente uma crítica às ações de Trump que prejudicam imigrantes sujeitos a deportação.