Da Redação – Nesta quarta-feira, dia 19 de março de 2025, o Ministério Público Federal dos Estados Unidos revelou os desdobramentos de uma investigação conduzida ao longo de um ano, cujo escopo abrangeu a venda ilícita de armas de fogo no estado de Massachusetts. Tal operação culminou na prisão de dezoito cidadãos brasileiros, residentes em diversas comunidades locais, os quais foram formalmente acusados por comércio ilegal de armamentos, resultando na apreensão de mais de uma centena de unidades bélicas pelas autoridades federais.
Segundo relatos da imprensa norte-americana, as autoridades federais sustentam que parte das armas confiscadas estava intricada a atividades criminosas vinculadas a uma notória organização transnacional, o Primeiro Comando da Capital (PCC), bem como a gangues menores de caráter local, especificamente as autodenominadas “Tropa de Sete” e “Trem Bala”.
O Primeiro Comando da Capital, nascido nos sombrios corredores do sistema prisional de São Paulo, Brasil, ergue-se como uma das mais portentosas entidades criminosas do Brasil e da América Latina. Seus membros e afiliados são amplamente reconhecidos por orquestrar ações de extrema violência, abrangendo homicídios, assaltos armados, sequestros e a coordenação de complexas redes transnacionais de tráfico de entorpecentes.
No decorrer da investigação, iniciada em 2024, foram apreendidas cerca de 110 armas de fogo, quantidades expressivas de fentanil destinadas ao comércio ilícito, além de uma vasta gama de munições. Entre os armamentos confiscados, destacam-se pistolas, fuzis de assalto, rifles de cano curto e espingardas, os quais, em sua maioria, eram traficados desde regiões como a Flórida e a Carolina do Sul até Massachusetts, configurando uma rota de contrabando meticulosamente delineada.
Os dezoito brasileiros enfrentam acusações distintas por delitos federais relacionados a armas de fogo. A maioria dos réus encontra-se em situação migratória irregular nos Estados Unidos, fato que adiciona uma camada de complexidade ao caso. Estes brasileiros residiam em diversas cidades do estado, Boston, Chelsea, Revere, Everett, Malden, Weymouth, Framingham, Marlboro, Plymouth e Yarmouth, áreas que, segundo ‘especulações em redes sociais’, teriam se tornado pontos de convergência para atividades ilícitas ligadas a essa rede.
“Conforme alegado, esses indivíduos — em sua maioria desprovidos de autorização legal para residir nos Estados Unidos — desempenharam papéis cruciais na introdução de armas letais em Massachusetts, alguns como traficantes, outros como detentores ilícitos,” declarou Leah Foley, Procuradora Federal de Massachusetts, em pronunciamento oficial. “Essa desordem jurídica fomenta a escalada da criminalidade violenta e robustece organizações criminosas transnacionais que se alimentam do caos e do medo,” complementou Foley. “Tal cenário ameaça vidas americanas. Este caso evidencia a força das parcerias entre as esferas federal, estadual e local das forças policiais, unidas no propósito de salvaguardar nossas comunidades e sustentar o primado da lei.”
A operação contou com a participação ativa do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas) de Boston. “Não apenas eram supostamente membros ou associados de perigosas organizações criminosas transnacionais, mas também estariam implicados no tráfico de quantidades significativas de armas de fogo ilegais, munições e fentanil,” afirmou Patricia Hyde, Diretora do Escritório de Execução e Remoção do ICE em Boston. “O ICE Boston manterá como prioridade a segurança pública, dedicando-se à captura e à deportação de infratores estrangeiros em situação irregular que ameaçam os bairros da Nova Inglaterra.”
A organização criminosa PCC aparentemente pode ter ramificações mais amplas indicando que esta organização estaria expandindo sua influência em solo americano por meio de alianças com grupos locais e utilizando imigrantes em situação vulnerável como elo na cadeia de distribuição, outro ponto a considerar é do possível impacto devastador do fentanil na comunidade imigrante brasileira já fragilizada como tantas outras comunidades imigrantes nos Estados Unidos devido a crescente retórica que criminaliza estrageiros.