JSNEWS – O governo do presidente Donald Trump intensificará as operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) em locais de trabalho, com o objetivo de deter e deportar imigrantes indocumentados, o anuncio foi feito por Tom Homan, diretor do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca nessa terça-feira, 29.
Homan, conhecido como o “czar da fronteira“, atribuiu o aumento das operações do ICE às políticas de cidades “santuário”, majoritariamente governadas por democratas, que se recusam a colaborar com o ICE. “Se não podemos detê-los em suas comunidades, faremos isso em seus locais de trabalho”, declarou o assessor, criticando a gestão do ex-presidente Joe Biden por ter suspendido tais operações. A atual administração justifica as ações afirmando que locais de trabalho frequentemente abrigam vítimas de tráfico humano e trabalho forçado. “Esse é outro motivo para intensificarmos as fiscalizações”, destacou Homan.
Além de empresas, as operações têm visado trabalhadores agrícolas e diaristas. Na semana passada, cerca de 20 trabalhadores foram detidos em um estacionamento de uma loja de materiais de construção no condado de Los Angeles.
Em janeiro, mais de 200 imigrantes, em sua maioria agricultores mexicanos, foram presos a caminho de seus trabalhos no Vale Central da Califórnia, região conhecida como o celeiro agrícola dos EUA.
Apesar da linha dura, o próprio Trump sugeriu, em 10 de abril, uma possível flexibilização nas deportações de imigrantes que atuam em setores econômicos dependentes de mão de obra estrangeira, como agricultura e hotelaria. “Precisamos proteger nossos agricultores e hotéis, setores que demandam essa força de trabalho. Trabalharemos com cuidado nisso”, afirmou o presidente durante reunião de gabinete.
As operações anunciadas pelo diretor do ICE continuam a gerando divergências entre as atuais políticas migratórias federais e os setores produtivos da economia americana que dependem da mão de obra dos trabalhadores imigrantes.