A informação foi confirmada na quinta-feira, 19, pela Casa Branca. O G7 reúne sete das principais economias do planeta – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a União Europeia como convidada. Os líderes desses países fazem um encontro de cúpula anual e em 2020 ele aconteceria em Camp David, a residência oficial de campo do presidente americano, de 10 a 12 de junho.
Com o cancelamento, Trump irá fazer uma reunião por teleconferência com os líderes dos outros países na data marcada, como já foi feito no início da semana para debater a resposta dos governos à pandemia de coronavírus. Segundo a Casa Branca, a ideia é que essa reunião virtual se repita também em abril e maio, em datas ainda a serem definidas.
Assessor econômico de Trump e responsável por ajudar na organização do evento, Larry Kudlow foi o encarregado de avisar os outros países sobre a decisão americana. “Para permitir que cada país concentre todos os seus recursos na resposta aos desafios econômicos e de saúde da COVID-19, e sob a direção do presidente Trump, o diretor do Conselho Econômico Nacional e a representante dos Estados Unidos para o G7 2020, Larry Kudlow, informou seus colegas que a cúpula de líderes do G7 que os EUA deveriam sediar em junho em Camp David agora será realizada por videoconferência”, diz a nota da Casa Branca.
Washington considera que a mudança é parte dos esforços de combate ao vírus. Trump também entrou em conflito com os países europeus após proibir voos para o continente sem avisar os aliados do outro lado do Atlântico.
Os países participantes normalmente enviam grandes delegações com seus líderes e assessores para as reuniões do G7, que também costumam ser acompanhadas por muitos jornalistas. O plano inicial de Trump era que o encontro tivesse como foco os temas econômicos, deixando de lado assuntos como o aquecimento global, que geralmente faz parte da agenda das reuniões.