Da Redação – O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou a Casa Branca na tarde desta quarta-feira, 13, para se encontrar com o presidente Joe Biden. O encontro, que o republicano se recusou a fazer em 2020 quando perdeu a eleição, é parte tradicional da transferência pacífica de poder, que foi garantida pelo democrata.
Biden, que inicialmente concorreu contra Trump na eleição deste ano antes de se afastar da campanha e endossar a vice-presidente Kamala Harris como a candidata democrata, deu as boas-vindas a Trump no Salão Oval. “Bem-vindo. Bem-vindo de volta”, disse o atual presidente.
Apesar da rivalidade, o encontro foi bastante amistoso. Os dois se cumprimentaram e até trocaram sorrisos em frente aos jornalistas. Trump prometeu que “a transição será o mais suave possível”, agradeceu Biden e relatou que “política é difícil, mas é um bom mundo hoje”.
Os dois não responderam às perguntas dos repórteres e continuaram a reunião longe dos holofotes.
A primeira-dama Jill Biden também marcou presença no encontro e entregou a Trump uma carta a sua esposa, Melania Trump, que não está em Washington.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, Biden ‘acredita nas normas, acredita em nossa instituição, acredita na transferência pacífica de poder’ e por isso convidou Trump para o encontro.
Biden e Trump têm criticado duramente um ao outro há anos, e suas respectivas equipes têm posições muito diferentes sobre políticas que vão desde as mudanças climáticas até a Rússia e o comércio.
Biden, de 81 anos, retratou Trump como uma ameaça à democracia, enquanto Trump, de 78 anos, retratou Biden como incompetente e senil.
Do lado de fora dos portões da Casa Branca, os sinais da iminente transferência de poder eram evidentes, com a construção já em andamento das arquibancadas para os convidados VIP se sentarem durante o desfile que ocorrerá após a posse de Trump em 20 de janeiro.
Transição paralisada
Embora Biden pretenda usar a reunião para mostrar continuidade, a transição em si está parcialmente paralisada.
A equipe de Trump, que já anunciou alguns membros do gabinete do novo presidente, ainda não assinou acordos sobre espaços de trabalho e equipamentos do governo, bem como acesso a funcionários, instalações e informações do governo, de acordo com a Casa Branca.
“Os advogados da transição Trump-Vance continuam a se envolver construtivamente com os advogados do governo Biden-Harris em relação a todos os acordos contemplados pela Lei de Transição Presidencial”, disse Brian Vance, porta-voz da transição de Trump, referindo-se à lei que rege a transferência de poder.
Além das reuniões sobre órgãos federais, Biden e Trump provavelmente discutirão uma infinidade de tópicos, incluindo política externa.
O presidente que está deixando o cargo pode pedir a Trump que apoie a Ucrânia em sua guerra com a Rússia. O apoio dos EUA a Kiev está em questão após a vitória de Trump sobre Kamala na semana passada, uma vez que Trump se comprometeu a encerrar a guerra rapidamente, mas deu detalhes de como pretende fazer isso.
Com informações da Reuters