Da Redação – A imigração é um dos temas é um dos que mais chamam atenção dos eleitores americanos, em outras disputas eleitorais, essa questão não despertava tantos interesses na sociedade americana, porem nessas eleições presidenciais tanto a candidata pelos partido democrata Kamala Harris quanto pelo candidato pelo partido Republicano Donald Trump prometem ações e apostas para o tratamento dessa questão.
O Republicano fala em deportações de massa e a Democrata propõe acolhimento a quem chegar nas fronteiras americanas e cidadania aos indocumentados.
Mas Porque a imigração ternou-se tema central nessas eleições?
No início do ano, de olho nas eleições, Biden alterou o protocolo dos agentes da fronteira resultando em uma queda significativa das entradas de indocumentados nos Estados Unidos. Numa vários institutos de pesquisa realizaram sondagens para definir temas prioritários dos eleitores que deveriam ser abordados pelos candidatos à presidência dos Estados Unidos, os três assuntos que aparecem, nessa ordem, como os que mais têm potencial para influenciar voto em 5 de novembro são: economia, aborto e imigração.
Durante o governo do atual presidente, Joe Biden (Democrata), houve um aumento sem precedentes da presença de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos. E se por um lado os economistas apontam a imigração como sendo um motor para impulsionar a economia americana porque o aumento populacional representa mais consumo gerando mais arrecadação e gerando mais negócios para atender novas demanda ou manter o consumo em alta no país. Por outro lado, as cidades americanas se veem pressionadas com a chegada de grandes quantidades de imigrantes em um curto espaço de tempo gerando demandas nos serviços públicos.
A ampliação da presença estrangeira pode gerar algumas tensões e até mesmo uma sensação de insegurança muitas vezes baseada an crença de que os imigrantes estão competindo por empregos que poderiam ser ocupados por americanos mais pobres que são os trabalhadores menos qualificados.
Até mesmo em localidades menos impactadas pela presença estrangeira a mesma preocupação aparece entre vários eleitores que dizem que o país precisa encontrar um ponto de equilíbrio entre sua capacidade de absorver esses recém-chegados e entrada de novos imigrantes.
O plano de Trump é o que mais suscita dúvidas e polêmicas. Ele quer uma “deportação em massa” e a promoção da “maior operação doméstica de deportação da história dos EUA”. Também promete voltar a investir na construção do muro na fronteira com o México.
Em caso de vitória de Trump, há perguntas em aberto: essas deportações em massa valeriam para os que entraram no país sem documento recentemente ou para todos? Seria aqueles que ainda com status pendente? Seria para aqueles que cometessem crimes em solo americano? Quais crimes? Ou valeria para pequenos delitos?
Os EUA têm aproximadamente 11 milhões de imigrantes que não têm toda a documentação necessária para permanecerem legalmente no país, muitos deles estão nesse limbo jurídico há tempos. São cidadãos de varias nacionalidades que ao longo de anos entraram no país pela fronteira com o México, sem visto, sem autorização, tentando driblar os agentes de fronteira.
Kamala por sua vez admite que o sistema de controle migratório não está funcionando bem e que precisa de correções. Segundo ela, o objetivo é garantir um sistema que funcione de maneira ordenada, com fronteiras seguras e que também seja seguro para as famílias que buscam entrar no país. Ela diz que vai trabalhar para a aprovação no Congresso de uma nova legislação para imigrantes.
Mas que legislação seria essa? Essa nova legislação garantiria a cidadania a todos os mais de 11 milhões de indocumentados ou só para alguns e quem seria esses? A economia americana tem como absorver toda essa mão de obra? Os imigrantes que estão no país ha anos e não conseguem regularizar a situação migratória teriam prioridade em relação aos recém-chegados?
São muitas perguntas sem repostas claras, apenas retórica a serviço das paixões politicas.
Como vice-presidente, Kamala tinha sido encarregada de ajudar países da América Latina a lidarem com as causas do movimento migratório para os EUA. Sua tarefa era tentar incentivar investimentos privados em projetos de desenvolvimento nesses países. Essa missão não produziu resultados no curto prazo e isso se transformou em um telhado de vidro da sua campanha.