JSNEWS – Nessa segunda-feira, 5, mais de 20 legisladores estaduais da Pensilvânia, Nova York e Massachusetts reuniram-se no Centro de Convenções de Boston para propor uma legislação que proíbe o uso de máscaras por policiais, incluindo agentes federais de imigração, na maioria das operações. O objetivo é aumentar a transparência na aplicação da lei de imigração.
Paul Friel, representante estadual da Pensilvânia, afirmou que a medida visa combater práticas inseguras. A senadora de Nova York, Patricia Fahy, criticou o ICE, comparando suas táticas a uma força paramilitar. O representante de Massachusetts, Jim Hawkins, autor da versão local do projeto, citou o caso de Rumeysa Ozturk, estudante da Universidade Tufts detida por agentes do ICE à paisana em Somerville, em março de 2025, como exemplo de intimidação.
Embora a jurisdição sobre imigração seja federal, os legisladores esperam pressionar o ICE a mudar suas práticas, apesar do risco de contestações judiciais. O Departamento de Segurança Interna, órgão do ICE, rejeitou as propostas, afirmando que os agentes se identificam durante operações e usam máscaras para proteção contra gangues como Tren de Aragua e MS-13. A agência relatou um aumento de 830% em agressões contra agentes nos últimos seis meses.
Tom Hodgson, ex-xerife do condado de Bristol, defendeu o uso de máscaras, alegando que a exposição dos agentes facilita intimidações. Já o representante Joseph Hohenstein, da Pensilvânia, argumentou que as táticas agressivas do ICE intensificam a violência. O projeto de Massachusetts prevê exceções para máscaras em situações que envolvam riscos à segurança dos agentes.